quinta-feira, 15 de maio de 2008
JORNAL LITERÁRIO
É assim que Ascendino Leite chama seu diário. Li ontem em Blocos que ele publicou um livro no ano passado. Como ele nasceu em 1915 (creio), está com 93 anos. Li a maioria dos seus diários. Ascendino é dono de um estilo elegante e claro, tem umas frases surpreendentes. Convicto escritor “da direita”. Mas isso não o impede de ser um grande escritor. Não é tão bom romancista quanto cronista. Ainda que seus romances tiveram o maior sucesso de crítica. Escreveu quatro romances, dezesseis volumes de diário, livros de poesia, traduções. Foi jornalista. Recentemente a UFPB publicou sua entrevista com Guimarães Rosa. Ascendino morou no Rio e na velhice voltou para a sua Paraíba. Para mim seu melhor livro é “Um ano no outono”, de 1972. Não é um grande poeta. Sua obra foi elogiada por Alceu, Raquel, Afrânio Coutinho, Gilberto Freire, Jorge Amado etc. Soube fazer amigos e inimigos. Sua arte se resume em: “Não há novas formas de dizer. Há o que dizer, com gosto e com arte. Se me desse propor alguma coisa seria a de uma urgente volta à expressão daquilo que é verdadeiramente comum. (O vigia da tarde, 1982).
Ainda vou fazer um belo estudo dos diarios íntimos do escritor Ascendino Leite. Seus jornais Literários são brilhantes documentos literarios do século XX no Brasil
ResponderExcluir