INFANTIL
O menino ia no mato
E a onça comeu ele.
Depois o caminhão passou por dentro do corpo do menino
E ele foi contar para a mãe.
A mãe disse: Mas se a onça comeu você, como é que
o caminhão passou por dentro do seu corpo?
É que o caminhão só passou renteando meu corpo
E eu desviei depressa.
Olha, mãe, eu só queria inventar uma poesia.
Eu não preciso de fazer razão.
Manoel de Barros
em Tratado geral
das grandezas do ínfimoEnviado por Amélia Pais
Bárbaro!
ResponderExcluirAdoro Manoel de Barros.
Beijos
Mirze
Manoel é mesmo o Barro de onde nascem poemas maravilhosos de simplicidade. Me lembra umas leituras de Raul Bopp amazônico e antropofágico.
ResponderExcluirOBRIGADO, AMIGOS
ResponderExcluirCONCORDO COM AMBOS