quarta-feira, 13 de abril de 2011
Brics condenam uso da força no Oriente Médio e norte da África
Por Ben Blanchard e Ray Colitt
SANYA, China (Reuters) - Líderes de cinco das maiores economias emergentes do mundo, reunidos em uma cúpula nesta quinta-feira, vão rejeitar o uso da força no Oriente Médio e norte da África, pedindo em lugar disso o diálogo e a não intervenção, segundo um rascunho de declaração.
Os países do grupo chamado Brics -- Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -- também vão pedir o desenvolvimento dos mercados físicos para reduzir a volatilidade dos preços das commodities, além de reivindicar uma participação maior dos países em desenvolvimento nos fóruns multilaterais.
No contexto do Oriente Médio e do norte da África, especificamente a Líbia, os Brics "compartilham o princípio de que deve ser evitado o uso da força", segundo o rascunho de declaração, ao qual a Reuters teve acesso.
China, Rússia, Índia, Brasil e outros países em desenvolvimento condenaram os ataques aéreos liderados pelos EUA contra as forças líbias.
A África do Sul, por outro lado, votou em favor da resolução da Organização das Nações Unidas que autorizou os ataques. Contudo, durante visita que fez a Trípoli no domingo, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu que a Otan suspenda os ataques aéreos.
A cúpula dos Brics, que terá lugar no balneário de Sanya, no sul da China, vai proporcionar às grandes economias emergentes do mundo um espaço para coordenar seus pontos de vista sobre reformas econômicas globais, preços de commodities e outros temas de interesse comum.
Ministros de Comércio dos cinco países não deram sinais, na quarta-feira, de estarem dispostos a fazer concessões para romper um impasse nas negociações que visam a abertura do comércio global, que já duram uma década.
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