domingo, 6 de abril de 2008

POEMA


e eu bebo veneno pelos olhos
quando vejo a tua forma de partir
que ela se torna numa larva negra
espuma do mar fervente em cada mão
o desiderato rumo dessa casa feita
linha errada em cada chão, o não
estarmos à roda desfibrada, a estrema
linha do mar que nos fareja, o vão
distúrbio funcional, minha malignidade
espectro desse estado quando morto
vagueia entre nós a nos aterrorizar
humores, forma aquosa, vítrea,
cristalina capa de estampadas letras
eras de superfície, punção, gata morta
costurada no leva e traz das ondas da maré
marco divisório de teus passos

(Bournemouth, UK, 19 de agosto de 2007)

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