terça-feira, 8 de maio de 2012

Festival transforma Paris na capital do cinema brasileiro

Uma variada mostra da produção cinematográfica brasileira toma conta da capital francesa a partir desta terça (8). Trata-se da 14ª edição do Festival do Cinema Brasileiro de Paris, que homenageará o escritor baiano Jorge Amado (1912-2001) pelo segundo ano consecutivo e projetará mais de 30 filmes nacionais. O festival segue até 22 de maio.



Cena do filme Capitães de Areia / Foto: Divulgação

O evento será inaugurado com "Capitães da Areia", um livro escrito em 1937 e adaptado para o cinema por Cecília Amado, neta do escritor.

A projeção faz parte das homenagens ao Jorge Amado, que foi estendida nesta edição devido ao grande sucesso alcançado em 2011. Segundo os organizadores, o centenário de seu nascimento, comemorado neste ano, também influênciou nessa escolha.

O diretor francês Claude Santiago, que morreu em janeiro, também será homenageado com a projeção de dois de seus documentários: "Tom Zé/ dada Brasil" e "Carlinhos Brown Bahia Beat".

A diretora e fundadora do festival, Katia Adler, declarou à Agência Efe que seu objetivo é "mostrar o que se faz no Brasil atualmente", já que os filmes brasileiros "não costumam chegar aqui".

A 14ª edição do Festival do Cinema Brasileiro de Paris ocupará as salas do cinema "Le Nouveau Latino", situadas no centro da capital francesa.

"Vamos apresentar uma programação eclética, destinada ao grande público e também aos profissionais do setor", ressaltou Katia.

Na primeira semana do festival, de 9 a 15 de maio, serão apresentados 14 longas-metragens de ficção, dos quais sete competirão pelo "Prêmio do Júri", que será entregue no dia 15 de maio. Já de 16 a 22, data em que o festival será encerrado, serão projetados mais 15 documentários.

Entre as obras que concorrem ao prêmio do juri, estão "Abismo Prateado", de Karim Anouz, baseada em uma canção do compositor Chico Buarque, e "Corações sujos", dirigido por Vicente Amorim, que aborda uma história real ocorrida em uma comunidade de imigrantes japoneses no Brasil que se negou a aceitar a derrota de seu país na II Guerra Mundial e decidiu lavar com sangue a afronta.

Poderão ser apreciados de novo os filmes "Histórias que só existem quando são contadas", de Julia Murat, e "Sudoeste", de Eduardo Nunes, já vistos no Festival de cinema latino-americano de Toulouse, celebrado recentemente.

Outras produções na disputa são "A febre do rato", de Cláudio Assis, "Heleno", dirigido por José Henrique Fonseca, e "Rânia", realizada por Roberta Marquez.

A mostra também celebrará o 20º aniversário da RioFilme, uma empresa da Prefeitura do Rio de Janeiro, com a apresentação de algum dos melhores filmes criados durante estas duas décadas. O presidente da RioFilme, Sergio Sá Leitão, também deverá participar do festival.

Em paralelo ao festival, inúmeras atividades complementares também serão apresentadas, como uma exposição multimídia centrada na "maior favela da América do Sul, a Rocinha".

Com agências

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