A PERDA DE NEIDE
GONDIM – ROGEL SAMUEL
Era
uma das últimas amizades de infância, desde a Vila Auxiliadora, onde morávamos.
Ali também residia a D. Cecília, mãe de Cláudio Santoro.
Sr.
João, pai de Neide, nas festas de São João, mandava fazer uma fogueira na Vila,
e contratava um “boi” para ali dançar. Ele tinha uma grande moto barulhenta.
Muitas
crianças. Também ali estava o Nelson Gondim, irmão da Neide, que morreu no ano
passado e tinha mestrado em Strasburg. Devia de ter a minha idade. Lembro-me muito
bem da Nídia, irmã da Neide, que está bem viva, e de D. Dailda, a mãe.
Meu
tio Alberto Souza e minha avó Edília moravam ali. Meu tio gostava de música,
gostava de Isaurinha Garcia. Teve vários carros, mas o mais bonito era um Simca.
Eu
e minha mãe ficamos com minha avó desde que a “Radiomotor”, firma de meu pai,
faliu. Meu pai morava na sua lancha.
Não
me lembro quanto tempo moramos felizes naquela vila.
Mas
tudo passa...
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