terça-feira, 24 de maio de 2022

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 Quando Zequinha desapareceu, Juca das Neves mandou procurá-lo dentro da mata. Seu enviado, Raimundo Bezerra, organizou uma expedição. Partiu da Praia do Cuco, com dois mateiros, procurando o lugar para onde os Numas tinham levado o poderoso e rico jovem.

 

Corria que Zequinha tinha chegado na Praia do Cuco numa canoa, encontrando-se com uma menina Numa, que era sua amante, e que, na companhia de toda a nação dos Numas,  partira dali com a índia em direção ao indeterminado, sumindo-se dentro do mato com toda a corte para se casar na aldeia. Todos diziam que ele foi por sua própria vontade, e que por isso era de todo impossível procurá-lo, como estavam fazendo.

 

Porém, e apesar disso, durante quase dez anos o procuraram em vão - para depois o darem por morto. E seu caso foi arrolado junto a outros desaparecimentos de pessoas e até de navios inteiros, como o Presidente do Pará, em 1896, o Jonas, no lago Uerê, o Japurá, a 517 milhas no Juruá, o Tocantins, na boca do Igarapé do Cobio, em 1900, ou o Ituxi, no sacado Mixirire, em 1897, ou o Douro, em algum lugar, em 1900, o Leopoldo de Bulhões, na volta do Encarnado, em 1897, ou mesmo o Herman, o São Martinho, o Alagoas - e muitos outros navios que desapareciam na Amazônia, como se não tivessem naufragado e simplesmente sumissem, encantados, nunca ninguém tendo nenhuma notícia deles nem de ninguém de sua tripulação.


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