ESPLENDOR E DECADÊNCIA DO IMPÉRIO AMAZÔNICO - SOBRE O AMANTE DAS AMAZONAS DE ROGEL SAMUEL - 10
NEUZA MACHADO
ESPLENDOR E DECADÊNCIA DO IMPÉRIO AMAZÔNICO - SOBRE O AMANTE DASAMAZONAS DE ROGEL SAMUEL - 10
NEUZA MACHADO
"Hoje, nosso mundo está menos seguro de si mesmo, mais modesto talvez, uma vez que renunciou à pessoa todo-poderosa, mas também mais ambicioso, uma vez que olha para além. O culto exclusivo do “humano” cedeu lugar a uma tomada de consciência mais ampla, menos antropocentrista. O romance parece vacilar, tendo perdido seu melhor sustentáculo de outrora, o herói. Se não consegue pôr-se de pé novamente é porque sua vida estava ligada à vida de uma sociedade agora extinta. Se conseguir, pelo contrário, um novo caminho se abrirá para ele, com a promessa de novas descobertas". (ALAIN ROBBE- GRILLET)
Por que o mundo já começa a enxergar o talento ficcional desse escritor pós-moderno, em especial, a partir desta instigante narrativa? Sem o receio dos prováveis contra-ataques (contra-ataques daqueles que não leram a obra e, por isso, dela não gostaram, ou leram mal), posso afirmar: o romance O Amante das Amazonas, enquanto forma literária diferenciada, não é somente a recriação ficcional de estratos múltiplos de realidades amazonenses (sociais, míticas e ficcionais). É muito mais. É uma narrativa que reflete a problemática do mundo em seus aspectos dilatados. Os Narradores, a Floresta Amazônica, o Palácio Manixi, os Numas, os Caxinauás, Pierre Bataillon, Paxiúba, Zilda, Laurie Costa, o Comendador Gabriel Gonçalves da Cunha e a filha Glorinha Lambisgóia, Ifigênia Vellarde, Zequinha Bataillon, Maria Caxinauá, João Beleza, Júlia, Frei Lothar, Benito Botelho, Estella de Sousa, Mirandinha, Leonildo Calaça, Sabá Vintém, Du Bará, Conchita Del Carmen, e todos os outros importantes personagens (porque são todos importantes e insubstituíveis), poderão ser reconhecidos por leitores de outras partes do mundo. (Certamente, o romance será traduzido em outras línguas, por meio de bons tradutores, os quais saberão respeitar a qualidade do texto ficcional de Rogel Samuel). As traduções, que certamente acontecerão, vão propiciar o reconhecimento desta criação literária-ficcional ímpar, porque os conflitos, ali revelados, são as altercações do homem pós-moderno, atribulado (herança da Era Moderna), suas tentativas de reconstrução sócio-cultural em um mundo globalizado em vias de perder importantes fronteiras culturais. Assim, percebo este romance de Rogel Samuel como criação ficcional ímpar, expondo interlinearmente o contemporâneo meio social, globalizado e caótico, entrópico, e, em se tratando do futuro, enxergo-o como refletor replicante de conflitos atemporais e universais.
ESPLENDOR E DECADÊNCIA DO IMPÉRIO AMAZÔNICO - SOBRE O AMANTE DASAMAZONAS DE ROGEL SAMUEL - 10
NEUZA MACHADO
O Amante das Amazonas:Personagens-Narradores ― O(s) Personagem(ns)-Narrador(es) Pós-Moderno(s)/Pós-Modernista(s) de Segunda Geração de Rogel Samuel
"Hoje, nosso mundo está menos seguro de si mesmo, mais modesto talvez, uma vez que renunciou à pessoa todo-poderosa, mas também mais ambicioso, uma vez que olha para além. O culto exclusivo do “humano” cedeu lugar a uma tomada de consciência mais ampla, menos antropocentrista. O romance parece vacilar, tendo perdido seu melhor sustentáculo de outrora, o herói. Se não consegue pôr-se de pé novamente é porque sua vida estava ligada à vida de uma sociedade agora extinta. Se conseguir, pelo contrário, um novo caminho se abrirá para ele, com a promessa de novas descobertas". (ALAIN ROBBE- GRILLET)
Por que o mundo já começa a enxergar o talento ficcional desse escritor pós-moderno, em especial, a partir desta instigante narrativa? Sem o receio dos prováveis contra-ataques (contra-ataques daqueles que não leram a obra e, por isso, dela não gostaram, ou leram mal), posso afirmar: o romance O Amante das Amazonas, enquanto forma literária diferenciada, não é somente a recriação ficcional de estratos múltiplos de realidades amazonenses (sociais, míticas e ficcionais). É muito mais. É uma narrativa que reflete a problemática do mundo em seus aspectos dilatados. Os Narradores, a Floresta Amazônica, o Palácio Manixi, os Numas, os Caxinauás, Pierre Bataillon, Paxiúba, Zilda, Laurie Costa, o Comendador Gabriel Gonçalves da Cunha e a filha Glorinha Lambisgóia, Ifigênia Vellarde, Zequinha Bataillon, Maria Caxinauá, João Beleza, Júlia, Frei Lothar, Benito Botelho, Estella de Sousa, Mirandinha, Leonildo Calaça, Sabá Vintém, Du Bará, Conchita Del Carmen, e todos os outros importantes personagens (porque são todos importantes e insubstituíveis), poderão ser reconhecidos por leitores de outras partes do mundo. (Certamente, o romance será traduzido em outras línguas, por meio de bons tradutores, os quais saberão respeitar a qualidade do texto ficcional de Rogel Samuel). As traduções, que certamente acontecerão, vão propiciar o reconhecimento desta criação literária-ficcional ímpar, porque os conflitos, ali revelados, são as altercações do homem pós-moderno, atribulado (herança da Era Moderna), suas tentativas de reconstrução sócio-cultural em um mundo globalizado em vias de perder importantes fronteiras culturais. Assim, percebo este romance de Rogel Samuel como criação ficcional ímpar, expondo interlinearmente o contemporâneo meio social, globalizado e caótico, entrópico, e, em se tratando do futuro, enxergo-o como refletor replicante de conflitos atemporais e universais.
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