sábado, 16 de abril de 2011

Literatura Indígena










Manaus - A cidade de Manaus recebe a Caravana Mekukradja: Literatura Indígena em Movimento, promovida pela Fundação Nacional das Artes (Funarte) e através da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (Seduc-AM) a caravana leva ao conhecimento dos estudantes a literatura produzida por escritores indígenas.

Em Manaus, os escritores realizam o primeiro movimento no Centro de Educação de Tempo Integral/Ceti “Gilberto Mestrinho”, no bairro do Educandos, zona Sul, onde além da apresentaçao bibliográfica, serão desenvolvidas oficinas de cultura indígena, ciclo de palestras e saraus literários.

As atividades de hoje serão desenvolvidas em três horários, pela manhã (de 9h às 11h) e à tarde (14h às 17h) para os alunos do ensino médio de diversas escolas da área central de Manaus, com apresentação dos llivros e uma conversa para apresentar os convidados do caravana.

Vozes

Os estudantes poderão conhecer a história de profissionais das etnias Terena, Macuxi e Munduruku. Entre eles a escritora e mestranda de História, Rosi Whaikon, o escritor e Doutor em Educação, Daniel Munduruku, a radialista e doutoranda em Educação, Naine Terena, o professor e poeta, Roni Wasiri, a poetisa e mestranda em Geografia, Márcia Vieira, e também o professor, Eli Macuxi.

À noite, de 19h20 às 21h30, será realizada palestra com o coordenador da Caravana Mekukradja, Daniel Munduruku, sobre a Lei N° 11.645 de março de 2008, que inclui na grade curricular de ensino fundamental e médio a "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena".

Para Daniel Munduruku, a aplicação da lei que institui a disciplina indígena e afro-brasileira no currículo dos alunos não é "nenhum presente", é antes de tudo, uma vitória "pela luta dos velhos que começou há 300, 500 anos atrás".

"Isso é uma luta muito antiga, e tão pouco nenhum presente. É uma conquista, porque os indígenas nunca conseguiram nada de mão beijada. E acredito que é fundamental para o desenvolvimento dessas crianças, conhecer a ancestralidade do povo em que vive", diz

Para sexta-feira (26) está programado um Sarau Literário, das 19h30 às 22h, aberto ao público, onde os livros e poesias indígenas serão discutidos pelos participantes.

"Nosso objetivo principal é colocar esses estudantes frente à uma literatura indígena, não somente feita de livros, mas de movimento dos corpos, pela música, pela dança. O livro, serve apenas como um produto de todas as nossas criações", explica Danile Manduruku.

Semana Indígena

De acordo com o Gerente de Educação Indígena da Seduc, Alva Rosa, A Caravana Mekukradja marca o início da 'Semana Indígena' que o estado pretende realizar em abril nas escolas da rede de ensino.

A programação está prevista para iniciar em 8 de abril, e se estenderá até o dia 15, em todas as escolas da rede estadual de Manaus e em escolas de oitos municipios, são eles São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Eirunepé, Barreirinha e Manicoré.

"Iremos discutir nas escolas o tema 'Educação Escolar Indígena: Um Novo Olhar Rumo à Transformação" e em cada dia será feito uma palestra, sobre o assunto. Até o dia 19 de abril, quando será realizado um grande encontro com representantes do MEC, do conselho nacional de Educação Indígena de Brasília, e mais o Conselho de Educação Indígena do Amazonas", comenta Alva Rosa

2 comentários:

Gustavo disse...

Já li o excelente O Homem que roubava horas", de Daniel Munduruku, e também assisti a uma palestra que ele deu no colégio do meu filho.
Espero que a cultura dos povos originários ganhe cada vez mais força.
O Brasil só teria a ganhar com isso, e basta ler e ouvir alguém como o Daniel Munduruku para que isso se torne evidente.
Obrigado por divulgar o evento.

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

obrigado pela leitura