O
manto de diamantes das estrelas
Rogel
Samuel
Os
astrônomos encontraram no Universo um belo planeta azul, um belo planeta maior
do que a Terra, um belo planeta feito todo de diamantes.
Os
astrônomos descobrem muitas coisas.
Mas
sempre distantes...
O
que para mim significa um mundo cheio de diamantes é que, na cosmologia
budista, me levou a pensar em Unisha Chakarvati, o Imperador do Universo.
Não
seria aquele planeta uma joia que se soltara da sublime coroa de Unisha
Chakarvarti?
Se
os astrônomos podem especular lá do lado deles, por que eu, um pequeno
cronista, não poderei sonhar do meu modo?
O
planeta não pertence a nenhum de nós, nem a mim nem a eles.
Pertence
ao Grande Universo, que é Eterno.
“Os
diamantes são eternos”, canta Shirley Basey aquela canção de Jonny Barry, canção
que apareceu no filme britânico de 1971, o sétimo da série 007, dirigido por
Guy Hamilton e produzido por Harry Saltzman e Albert R. Broccoli.
Quando
valerá um planeta feito de diamantes?
Quanto
custará na bolsa de valores de diamantes?
Quem
comprará um múltiplo diamante do tamanho do nosso mundo?
Em
que joalharia poderia ele ser exposto?
No
colo de que mulher caberia ele em colares?
Como
supor que o Universo não tenha muitíssimos outros mundos inteiros feitos de
outras pedras preciosas, de esmeraldas, turquesas, ametistas?
E
outros mundos feitos ouro?
Como
a riqueza dos seres humanos parece insignificante, diante da grandeza do
Universo!
O
vasto Universo é sem fim, sem limites, sem fronteiras.
Com
que os astrônomos sonham? Quantos mais Universos iguais ao nosso existem
cobertos de ouro?
Segundo
a mesma cosmologia budista, existem três mil universos, que constituem o nosso
Universo multiplicado por mil, e o resultado disso multiplicado por mil, e o
resultado dessa segunda multiplicação multiplicado por outros mil.
Esse
espaço significa os “Três mil Universos”, um número incalculável.
Assim,
na imensidão do Universo, cabem muitas coroas universais de um único rei.
Como
na cosmologia budista, onde tudo é muito extraordinário.
Mas
a notícia me fez sonhar.
De
sonhos me alimento eu.
Diz
o texto:
“Astrônomos
descobriram um planeta duas vezes maior do que a Terra, composto na maior parte
de diamante, orbitando uma estrela que é visível a olho nu.
“O
planeta rochoso, chamado "55 Cancri e", orbita uma estrela como o sol
a 40 anos-luz de distância na constelação de Câncer, movimentando-se tão rápido
que um ano lá dura apenas 18 horas.
“Descoberto
por uma equipe de pesquisa franco-americana, o planeta tem raio duas vezes
maior que o da Terra, mas é muito mais denso, com uma massa oito vezes maior.
Também é incrivelmente quente, com temperaturas em sua superfície atingindo
1.648 graus Celsius”.
"A
superfície deste planeta é provavelmente coberta de grafite e diamante em vez
de água e granito", disse o pesquisador Nikku Madhusudhan, de Yale, cujas
conclusões deverão ser publicadas no Letters Astrophysical Journal.
O
estudo, feito com Olivier Mousis do Institut de Recherche en Astrophysique et
Planetologie em Toulose, na França, estima que pelo menos um terço da massa do
planeta, o equivalente a cerca de três massas terrestres, poderia ser de
diamante.
Planetas-diamante
já foram vistos antes, mas esta é a primeira vez que um foi localizado
orbitando em torno de uma estrela parecida com o Sol e estudada em tantos
detalhes.
"Este
é o nosso primeiro vislumbre de um mundo rochoso, com uma química
fundamentalmente diferente da Terra", disse Madhusudhan, acrescentando que
a descoberta do planeta rico em carbono significa que não se pode mais
acreditar que planetas rochosos mais distantes teriam componentes químicos,
interiores, ambientes ou biologia semelhantes à Terra.
O
astrônomo David Spergel, da Universidade de Princeton, disse que é
relativamente fácil desenvolver a estrutura básica e histórica de uma estrela,
uma vez que se descobre sua massa e idade.
"Os
planetas são muito mais complexos. Esta 'super-Terra cheia de diamantes' é
provavelmente apenas um exemplo dos ricos conjuntos de descobertas que nos
esperam, à medida que começamos a explorar planetas em torno de estrelas
próximas".
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