CANTO DO REI - WALMIR AYALA
Rico de ouro não sou, porém. fabrico
o sol cada manhã, estendo penas
(pássaro matinal) e atinjo antenas
de desespêro no meu vôo ubiquo.
Se tu, pálio de párias, me condenas
à rude mendicância onde claudico,
abro a minha canção no espaço oblíquo
das tuas superadas açucenas.
Jardineiro não sou. Feitor dos astros,
recrio minha aurora de aderências
na prematura submersão dos mastros.
Nas quilhas dêstes barcos que me sobram,
é que o sol dos meus ouros se conforma,
e as luas do meu reino se desdobram.
Rico de ouro não sou, porém. fabrico
o sol cada manhã, estendo penas
(pássaro matinal) e atinjo antenas
de desespêro no meu vôo ubiquo.
Se tu, pálio de párias, me condenas
à rude mendicância onde claudico,
abro a minha canção no espaço oblíquo
das tuas superadas açucenas.
Jardineiro não sou. Feitor dos astros,
recrio minha aurora de aderências
na prematura submersão dos mastros.
Nas quilhas dêstes barcos que me sobram,
é que o sol dos meus ouros se conforma,
e as luas do meu reino se desdobram.
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