terça-feira, 20 de setembro de 2011
O DESTINO DO IMPERADOR
O DESTINO DO IMPERADOR
HUMBERTO DE CAMPOS
Ernesto Sena - "Deodoro", pág. 42.
Em uma das reuniões preparatórias do movimento republicano, a 6 de novembro, em casa de Benjamim Constant, assentavam-se planos quando Benjamim, de repente, indagou:
- E que faremos do "nosso Imperador"?
Um silêncio profundo foi a resposta. A figura bondosa e justa do monarca infundia respeito a todos aqueles conspiradores, impedindo uma resolução. Quebrou, porém, esse silêncio, o tenente Manuel Inácio.
- Exila-se! - disse.
- E se resistir?
- Fuzila-se! - declarou o tenente.
Todos se levantaram, numa reprovação,
- Oh! fez Benjamim, refletindo a repugnância de todos. - O senhor é sanguinário!
E entre a aprovação geral:
- Ao contrário, devemos cercá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um nosso patrício, e muito digno!
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