segunda-feira, 12 de setembro de 2011
RIMBAUD
A Eternidade
De Rimbaud, escrito em Maio de 1872, poema L'Éternité ( A Eternidade ):
Elle este retrouvée.
Quoi? - L'Éternité.
C'est la mer allée
Avec le soleil.
Âme sentinelle,
Murmurons l'aveu
De la nuit si nulle
Et du jour en feu.
Des humains suffrages,
Des communs élans
Là tu te dégages
Et voles selon.
Puisque de vous seules,
Brises de satin,
Le Devoir s'éxhale
Sans qu'on dise: enfin.
Là pas d'espérance,
Nul orietur.
Science avec patience,
Le supplice est sûr.
Elle este retrouvée.
Quoi?- L'Éternité.
C'est la mer allée
Avec le soleil.
A Eternidade
De novo me invade.
Quem ? -A Eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai.
Alma sentinela,
Ensina-me o jogo
Da noite que gela
E do dia em fogo.
Das lides humanas,
Das palmas e vaias
já te desenganas
E no ar te espraias.
De outra nenhuma,
Brasas de cetim
O Dever se esfuma
Sem dizer: enfim.
Lá não há esperança
E não há futuro.
Ciência e paciência
Suplício seguro.
De novo me invade.
Quem? - A Eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai.
tradução de Augusto de Campos
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