quarta-feira, 5 de outubro de 2011

FUGA DE CAPITAIS NO BANCO FRANCÊS

Nesta 3ª feira, o banco francês-belga, Dexia, com 2 bi de euros emprestados à Grécia, sofreu uma fuga de investidores em bolsa; suas ações perderam mais de 20% do valor em poucas horas; o Dexia foi à pique, teve que ser socorrido pelos governos dos dois países. Perdas de bancos na UE se aproximam do 'beiço', desconto ou, popularmente, do calote de 50% que os analistas consideram como sendo o desfecho inevitável para os 380 bi de euros da dívida grega, 2/3 dela em mãos de bancos alemães e franceses. As ações dos principais bancos franceses já perderam 45% do seu valor este ano. O caso grego e o do Dexia representam, porém, apenas uma gota no oceano de ativos podres acumulados na contabilidade dos bancos da UE. Nesta 3ª, a Itália, a terceira maior economia do euro, teve a solvência de sua dívida, equivalente a 120% do PIB, rebaixada por uma agência de risco. A Comissão Européia já discute uma segunda rodada de recapitalização - leia-se socorro - a toda a banca do euro. Sistemas bancários são o entreposto de redistribuição e criação de crédito do sistema capitalista. O crédito, do ponto de vista da demanda, é a antecipação do futuro que adia a crise de superprodução de mercadorias no sistema. Sem ele o capitalismo fica cego, perde o rumo e trava. O que estamos vendo, por enquanto, é um ensaio sobre a cegueira (Leia também 'Bancos: origem e desfecho da crise mundial').

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