sábado, 15 de outubro de 2011

"O Brasil é um modelo para os Estados Unidos", diz Hillary


Hillary afirma que, como Brasil, EUA deveriam focar interesse econômico


Secretária de Estado americana disse estar revisando prioridades da política externa dos EUA para incluir economia


Referindo-se que o primeiro questionamento que se fazem esses países diante de uma situação de política externa é: "como isso vai afetar a nossa economia".
Hillary ressaltou que os Estados Unidos "precisam pensar nessa mesma questão, não que a resposta vá ditar as decisões de política externa, mas porque é uma parte significativa da equação".
"Os EUA têm de se posicionar para liderar em um mundo em que a segurança é alcançada em salas de reuniões e nas bolsas (de valores), da mesma forma que no campo de batalha", afirmou Hillary, quem ressaltou que já "viu Governos caírem por crises econômicas".
Esse último ponto foi uma alusão à Primavera Árabe, que começou na Tunísia e se espalhou por toda a região, e ao fato de hoje a Europa enfrentar sua prova mais difícil devido à recessão e à dívida. A responsável pela política externa americana se referiu igualmente ao fato de o Governo do presidente Barack Obama centrar a atenção em construir relações diplomáticas e institucionais mais fortes com a região da Ásia-Pacífico, da mesma forma que os EUA fizeram no século passado com a Europa.
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta sexta-feira em Nova York que Washington deveria colocar seus interesses econômicos no centro da política externa da mesma forma como fazem países de economias emergentes como Brasil e Índia.

Foto: ASSOCIATED PRESS/AP
Secretária de Estado americana quer priorizar economia na política externa

Em discurso no Economic Club of New York, a chefe da diplomacia americana adiantou que está revisando as prioridades da política externa dos Estados Unidos para incluir a economia em todos os aspectos.
"Os emergentes como Índia e Brasil colocam a economia no centro de sua política externa", disse Hillary.
Para Hillary, seu país poderia ajudar e estreitar relações com economias na África e no Oriente Médio e alcançar maior integração regional, assim como promover os investimentos e contribuir para sua modernização.

"O despertar político árabe também deveria ocorrer no âmbito econômico", declarou Hillary, quem abordou assuntos da agenda nacional econômica e comercial, como a competitividade, os investimentos e o crescimento econômico que há de reverter "na criação de trabalhos para os americanos".

Ela falou ainda sobre a paralisia que afeta o país, consequência das diferenças políticas entre os partidos. Sua aposta é de que Washington acabe com essa cultura política, porque ao final restam perguntas para o resto do mundo sobre a liderança americana.

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