segunda-feira, 30 de maio de 2011
O estatuto de Thiago de Mello
Rogel Samuel
Ele escreveu, no "Estatuto do homem":
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
Thiago decreta as flores, a esperança, os girassóis nas janelas, a verdade, a confiança a liberdade.
Para ele, "a verdade passará a ser servida / antes da sobremesa. Ele propõe "o reinado permanente da justiça e da
claridade, e a alegria será uma bandeira generosa".
Nesse Estatuto, "o pão de cada dia (terá) no homem o sinal de seu suor (e) sempre o quente sabor da ternura".
Sim, "nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
A liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.
Asim escreveu Thiago de Mello, em Santiago do Chile, abril de 1964.
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