segunda-feira, 18 de julho de 2011

MARGARITA ALIGER



Margarita Iosifovna Aliger



LÁGRIMAS DOS OLHOS, COMO CENTELHAS DE SÍLEX



Lágrimas dos olhos, como centelhas de sílex,
como uma palavra justa, arrancar para que serve?
Nada há de especial. A palavra é como fogo,
e o coração do homem não vive de soluços.
Não é absolutamente isso que me atormenta.
Mas levantarmo-nos de madrugada, à chegada do dia,
e dizer a quem vai à frente:
- Felicidade! –
Dar-lhes uma canção, com toda a alegria,
que proteja como uma autêntica armadura,
das palavras que soam vãs e falsas.
Queremos do homem não a centelha mas o fogo.

Tradução de Manuel de Seabra.



Margarita Aliger nasceu em Odessa no ano de 1915. Foi operária, bibliotecária e jornalista. Já em meados da década de 1930, fez estudos de Literatura em Moscovo. Tornou-se conhecida durante a II Guerra Mundial, muito por culpa de um poema, Zoyá, sobre uma jovem estudante enforcada pelos nazis. Zoyá foi publicado em 1942. Margarita tinha-se estreado em 1938 com God rojdéniia. Faleceu no dia 1 de Agosto de 1992.
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Amélia Pais
http://barcosflores.blogspot.com
http://cristalina.multiply.com

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