segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pode ser embarcação de guerra de rei dinamarquês




Pode ser embarcação de guerra de rei dinamarquês

Navio intacto mais antigo do mundo pode estar no fundo do Báltico

Uma equipa de peritos suecos investiga no fundo do Mar Báltico um naufrágio que pode ser o navio ainda intacto mais antigo que se conhece no mundo.

Tudo indica que a embarcação seja uma coca medieval, modelo comum na região entre os séculos XII e XIV. Jaz a 100 metros de profundidade, num local não revelado algures entre as ilhas de Gotland e Öland, ao largo da costa leste da Suécia.

Este poderá ser o mítico navio do rei dinamarquês Valdemar Atterdags (Valdemar IV) que naquelas águas naufragou em 1361, afirma a Ocean Recycling, empresa responsável pelo achado.

“As embarcações de Valdemar Atterdags tomaram a ilha de Gotland e alcançaram a capital Visby”, sublinha a Ocean Recycling. “Reza a lenda que Atterdag decidiu poupar a vida dos residentes de Visby em troca de três barris de cerveja cheios de ouro, prata e outros tesouros.”

Depois de ter detectado a embarcação naufragada com o recurso a um sonar, no início de Julho, a equipa da Ocean Recycling investiga agora o interior do navio com robôs subaquáticos munidos de câmaras.

Barco de um só mastro com 28 por sete metros

De acordo com a mitologia regional, Valdemar atacou Gotland em 1361 para travar os avanços da Liga Hanseática e, especula o folclore sueco, como resposta às canções de escárnio que os habitantes de Visby escreviam sobre si.

“Não temos a certeza de que se trate desse naufrágio, mas é um navio muito interessante”, comentou Richard Lundgren ao “Dagens Nyheter”. Para este perito em explorações submarinas que gere a operação, “este achado fará sensação fora das fronteiras da Suécia”.

A embarcação mede 28 metros de comprimento e sete de largura. Os mergulhadores acreditam ser medieval por ter só um mastro. A boa visibilidade submarina ajuda nas explorações em curso para identificar o navio.

O fundo plano, a ausência de vermes que corroem as madeiras e os baixos níveis de oxigénio das águas do Mar Báltico ajudam a preservar os restos dos navios ali naufragados.

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