FIM. O que
não chegou
faltará depois
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
domingo, 19 de agosto de 2007
e eu bebo veneno pelos olhos
quando vejo a tua forma de partir
que ela se torna numa larva preta
a espuma do mar fervente em cada mão
o desiderato rumo dessa casa feita
a linha errada em cada palma, o não
estarmos à roda desfibrada estreita
limita o mar que nos fareja o cão.
distúrbio funcional, minha malignidade
espectro desse quarto quando um morto
vagueava entre vivos a nos aterrorizar
humores, forma aquosa, vítrea,
e cristalina capa de estampadas letras.
eras superfície, punção, a gata morta
no leva e traz das ondas da maré
marco divisório de teus passos.
(Bournemouth, UK, 19 de agosto de 2007)
quando vejo a tua forma de partir
que ela se torna numa larva preta
a espuma do mar fervente em cada mão
o desiderato rumo dessa casa feita
a linha errada em cada palma, o não
estarmos à roda desfibrada estreita
limita o mar que nos fareja o cão.
distúrbio funcional, minha malignidade
espectro desse quarto quando um morto
vagueava entre vivos a nos aterrorizar
humores, forma aquosa, vítrea,
e cristalina capa de estampadas letras.
eras superfície, punção, a gata morta
no leva e traz das ondas da maré
marco divisório de teus passos.
(Bournemouth, UK, 19 de agosto de 2007)
sábado, 18 de agosto de 2007
A ARTE
Théophile Gautier
(1811-72)
(Trad. Mário Faustino)
Sim, a obra sai mais bela de uma forma rebelde ao lavor: verso,
mármore, ônix, esmalte.
Nada de apertos forçados! Mas se queres marchar ereta, calça,
Musa, um coturno estreito.
Abaixo o ritmo cômodo, calçado frouxo onde qualquer pé entra e sai!
Repele, escultor, a argila que o polegar amassa - enquanto o
espírito paira ao longe;
Luta com o carrara, com o paros duro e raro, guardiães do puro
contorno;
Usa de Siracusa o bronze onde se mostra firme o traço altivo, o
traço encantador;
Com mão delicada pesquisa o perfil de Apolo num filão de ágata.
Pintor, evita a aquarela, fixa a cor demasiado frágil no forno do
esmaltador.
Pinta de azul as sereias, retorce de mil maneiras as caudas desses monstros de brasão;
Com sua auréola trilobada pinta a Virgem e seu Jesus, a cruz
encimando o globo.
Tudo passa. - Só a arte vigorosa é eterna. O busto sobrevive à
cidade.
E a medalha austera, que o lavrador encontra sob a terra, revela um imperador.
Os próprios deuses morrem. Mas os versos soberanos
permanecem, mais poderosos que os bronzes.
Esculpe, alisa, cinzela; fixa no bloco resistente teu sonho
fugitivo!
Théophile Gautier (1811-72)
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
terça-feira, 14 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
todas as coisas se parecem contigo
[passo a ver-te em cada dobrada lua]
nada me afastará de ti, pois estás em todas as coisas
onde o olhar
onde há olhar
onde olhar
ver quero ver-te
mas só consigo ouvir-te
há uma canção que me embala
e me adormece
não te tenho perto
tão perto
nem durmo contigo
mas não faz falta
o amor se espraia para sempre
no ar
(Bournemouth, UK, 13 de agosto de 2007,
às 21:20).
[passo a ver-te em cada dobrada lua]
nada me afastará de ti, pois estás em todas as coisas
onde o olhar
onde há olhar
onde olhar
ver quero ver-te
mas só consigo ouvir-te
há uma canção que me embala
e me adormece
não te tenho perto
tão perto
nem durmo contigo
mas não faz falta
o amor se espraia para sempre
no ar
(Bournemouth, UK, 13 de agosto de 2007,
às 21:20).
sábado, 11 de agosto de 2007
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
sábado, 4 de agosto de 2007
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