terça-feira, 28 de setembro de 2010

Avenida Brasil


Rogel Samuel: Avenida Brasil

Quando chegamos no Rio, entrando pelo portal da Avenida Brasil, parece que chegamos no Iraque em guerra: fábricas fechadas, janelas quebradas, lixo no chão, pó como pólvora, telhados desabados, cumeeiras expostas, esqueletos de prédios decadentes, calçadas em ruínas, o deserto de uma cidade sem vida, de uma cidade arruinada, dizimada pela guerra dos pixadores, dos horrores, dos pavores, dos horrores do mal.


Como cantavam os indios do Amazonas:

“Comerei teu corpo no crânio da tua cabeça
Sobre tuas cinzas dançarei
E exultarei!”



Que é a amizade?


Rogel Samuel: Que é a amizade?

Escreveu Dugpa Rinpochê: “A amizade permite avançar mais depressa na via da felicidade. O amigos que se conhecem bem olham um nos outros do outro e se avaliam no mesmo espelho, sem nunca deixar de se amar. Um é o fiel espelho do outro”.

Que é a amizade? Estará nesse olhar? Ou reside no espelhar? No espelhar-se na alma do outro, no avaliar-se nele, no ser-se com o outro, naquele sair de si pelos olhos do amigo.

Feliz é quem descobre as paisagens da amizade, que navega nesse mar amigo, quem se abandona nos outros, que sai de sua capsula de solidão.

FOTO DE ROGEL SAMUEL


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Que é escrever?


Rogel Samuel: Que é escrever?

Antigamente, escrever era pensar-se no papel em branco, com tinta escura e pena fina. Agora tudo muda: escrever será pensar-se com os dedos no teclado branco do leptop reduzido, ou pensar é escrever-se no monitor, ou será lançar-se no espaço entre os dedos e a luz que se acende na tela do Word?

Enfim que será escrever, hoje, quando se pensa digitalmente, quando tudo se resolver no teclado em letras já impressas?

E escrever hoje já quer dizer vir impresso, no molde da tela, onde tudo se resolve.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Da arte do sol


Rogel Samuel: Da arte do sol



Escrevo de madrugada. Nunca dormi muito bem, e sempre acordo durante a noite. Esta é a hora boa para ler, pensar, rever a vida. Antigamente era possível sair de madrugada. Quando eu morava em Copacabana, nessas horas eu saía para caminhar na praia e ver o sol nascer. O sol sempre nasce com esplendor, como tudo que nasce. A vida é o nascimento: o demais é um declinar-se para a morte, já pensou Heiddeger. Se nos fosse possível imaginar, diz Nietzsche, a dissonância feita criatura humana (pois o homem é uma dissonância) esta, para poder suportar a vida, teria a necessidade de uma admirável ilusão que lhe escondesse a sua verdadeira natureza, sob um véu de beleza. Esta é a finalidade da arte apolínea. Da arte do sol. O nome de Apolo resume aqui essas ilusões sem número da bela aparência que tornam, a cada instante, a existência digna de ser vivida e nos incitam a vivê-la no instante seguinte. A vida sempre renasce. Sempre que as potências dionisíacas a subverte violentamente, é desejável que Apolo, envolvido em nuvens, desça até nós, para curar a nossa escuridão, a nossa embriaguez.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

No bar






No bar

Rogel Samuel


Com minha amiga L. bebo uma taça de champanhe. Há muito não bebo. Mas me lembro do Café Flore, onde tão bom foi estar até aquela madrugada com minha amiga N. Eu trouxe o cardápio. Comprei o cinzeiro, que mais tarde dei para o poeta Luiz Bacellar. Era uma época cheia de sonhos, de riquezas da juventude. Minha amiga L., ontem, me disse que X. morreu. Em Manaus. Era dona do Bar Galvez, muito amiga. A morte nunca é graciosa, como diz o poema. A morte é o fim de uma antiga amizade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Elegia Nº1 de Mauro Mota






Elegia Nº1

Mauro Mota


Vejo-te morta. As brancas mãos pendentes.
Delas agora, sem querer, libertas
a alma dos gestos e, dos lábios quentes
ainda, as frases pensadas só em certas
tardes perdidas. Sob as entreabertas
pálpebras, sinto, em teu olhar presentes,
mundos de imagens que, às regiões desertas
da morte, levarás, que a morte sentes

fria diante de todos os apelos.
Vejo-te morta. Viva, a cabeleira,
teus cabelos voando! ah! teus cabelos!

Gesto de desespero e despedida,
para ficares de qualquer maneira
pelos fios castanhos presa à vida.




As regiões desertas

Rogel Samuel

Em que reside a beleza dessa elegia?
Entre outros elementos pela visão, mãos, lábios, pálpebras, cabeleira, corpo e alma, pendentes por um fio de cabelo.
As mãos libertam gestos. Os lábios frases. As pálpebras, as visões do amor, as regiões desertas.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tiradentes


Tiradentes


Rogel Samel

Novamente em casa. O Rio parece cinzento. Ouço um ruído de carro e aviões ao longe. Os aviões, estou na rota. Vão para o Santos Dumont. O Rio ainda dorme. Preparo-me para dar a minha caminhada. É bom estar em casa, mas saudades de Tiradentes e da minha amiga Lyria. Espero que ela me esteja lendo. O meu amigo Dílson Lages Monteiro escreveu um poema sobre Tiradentes:

Palpitam e apitam
Em ruas de rumores e estações
As pedras palpitam minas e ouro
Palpitam como as encostas da serra
Palpitam nuvens e cerração
O céu de sol e sombra
em silêncios e orações.

A Maria Fumaça parada, parada
na viagem derradeira
reviva em cada charrete
Como o passado em ilusão.

Tiradentes palpita.
As encostas da serra
As ruas de pedras
Palpitam e apitam paradas.

Nos rumores da estação
Palpita a Maria Fumaça
Em cada charrete apita.
Palpita e apita

Tiradentes parada.

Como este poema me soa a Tiradentes! Cidade parada, amada. As pedras da Serra de São José nas pedras das ruas.
Sobre elas, as charretes passam.
Mas o tempo, esse lambido de gato,
Não passa.
Ali não passa.

domingo, 19 de setembro de 2010

Leio poemas




Leio poemas


Rogel Samuel


Leio alguns poemas de Murilo Mendes. Leio quase todo o livro, que encontrei na pousada.

Seleção de L. Picchio, que não concordo.

Debruçado à varanda
Que enxergas no horizonte?

- Órfãos, loucos, aleijados
Em carros tintos de sangue

...............

Vejo a morte graciosa

sim, ela é muito moça,
prepara o vestido novo
para receber a guerra


O poema, sobre a guerra: "Visão lúcida".

A morte graciosa.

A guerra.

sábado, 18 de setembro de 2010

Leio poemas



Leio poemas


Rogel Samuel


Leio alguns poemas de Murilo Mendes. Leio quase todo o livro, que encontrei na pousada.
Seleção de L. Picchio, que não concordo.

Debruçado à varanda
Que enxergas no horizonte?

- Órfãos, loucos, aleijados
Em carros tintos de sangue

...............

Vejo a morte graciosa

sim, ela é muito moça,
prepara o vestido novo
para receber a guerra


O poema, sobre a guerra: "Visão lúcida".

A morte graciosa.

A guerra.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vamos voltar ao verão


Vamos voltar ao verão


Rogel Samuel


Calor máximo, em Tiradentes. Sol aberto e belo. Caminhamos até o Rio das Mortes, o rio
da guerra dos Emboabas. Dizem que jogavam os cadáveres no rio. Fomos ao Bichinho, um vilarejo
belo, onde fica a Oficina de Agosto. Almoçamos no restaurante de sempre, comida mineira,
servida em grandes panelas de barro. Frio à noite. Noite feliz.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Acenda uma luz neste vácuo


Acenda uma luz neste vácuo


Rogel Samuel


Estou em Tiradentes. Depois de 5 horas de viagem estou semi-morto. Durmo. Me recupero.
Estou vivo. No quarto da pousada, a luz é pouca. O silêncio concreto, de vácuo. A Internet muito lenda. Paz.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Padre dá surra em prefeito de Boa Vista do Ramos


Padre dá surra em prefeito de Boa Vista do Ramos




O padre Marcilio Moutinho “rodou a baiana” hoje, ao dar uma surra em praça pública, no prefeito de Boa Vista do Ramos, Elmir Lima Mota, com uma correia de motor de uma embarcação.

O religioso afirma que foi chamado de gay pelo prefeito. Em meio a discussão, o padre criticou a administração municipal, tendo o prefeito reagido questionando a sexualidade do vigário.

O rififi começou por causa do barco do Programa de Atendimento ao Interior – PAI, que na opinião do padre Marcílio, não estava atendendo as pessoas que aguardavam na fila, em meio ao sol quente da manhã desta sexta-feira.

O padre alega que cobrou do prefeito um tratamento mais digno às pessoas. O prefeito reagiu chamando-o de gay. Irritado, o religioso pegou uma corda emborrachada que estava num barco e deu umas boas lambadas no alcáide.

O caso foi parar na polícia.

O livro secreto








O livro secreto

Rogel Samuel


Quase frio. A tarde fria, úmida. Sem sol. Paira uma tristeza no ar. Sinto falta de um gole de café, viciado que sou. Quantos cafés tomo por dia? Li uma página de Montello sobre o Diário secreto de Humberto de Campos. Montello diz que ali estão algumas das mais belas páginas de Humberto de Campos. E das mais sofridas. Montello diz que não fala mal de ninguém em seus diários. São imensos volumes. Li dois deles. “O silêncio é também uma sentença”, conclui. Ascendino Leite relata a sua dificuldade de achar uma editora. Teve de pagar seus próprios livros, na maioria das vezes. A Itatiaia o publicou. Pedro Paulo, da Itatiaia, publicou muitos belos livros que não venderam. Encalhe enorme, que não preocupava Pedro Paulo: “Acabam vendendo”, dizia ele. Não fazia liquidação de seus livros. Editava com amor. Tinha mais de 5 mil títulos no catálogo.

domingo, 12 de setembro de 2010

Almino Afonso e Hemetério Caminha










Almino Afonso e Hemetério Caminha

Rogel Samuel

Vi Almino Afonso uma única vez na vida.

Eu devia ter 16, 17 anos de idade e era, na época, repórter de “A crítica”.

Aquele jornal ficava na Saldanha Marinho, e tinha cerca de dois andares. No andar de baixo, térreo, ficavam as impressoras, linotipos. No primeiro andar, ficava a redação e a sala da diretoria. Tudo era uma só área: aos fundos era a redação, onde eu trabalhava. Meu chefe se chamava, se não me engano, Gutemberg Omena, um rapaz bem vestido, elegante, mas muito exigente. Na frente, com janelas para a rua, ficava a mesa do diretor, o Calderaro, onde ele se reunia com os visitantes ilustres.

Foi ali que vi Almino Afonso.

Ali também conheci o excelente poeta Hemetério Caminha. Recitando Castro Alvez:

Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

Ele tinha o timbre de ator shakespeariano, a densidade, a eloqüência, a voz voltada para o alto, o sublime, o dramático voar.


Ler é alguma busca












Ler é alguma busca

Rogel Samuel

Leio uma página brilhante de Ascendino Leite. “Sementes no espaço”. Ler este autor tornou-se um vício, para mim. Seus diários. Neles encontro postagens que ele faria se escrevesse virtualmente.
A vida também é algo virtual. A vida evanescente como uma nuvem. A vida é tempo que passa, o passado está perdido como num sonho, o futuro é para não se pensar, o presente é para deixar que passe.
Não sei se ler é alguma busca.
Talvez seja a busca de mim mesmo.

sábado, 11 de setembro de 2010

Joaquim Nabuco









Joaquim Nabuco

Rogel Samuel

Muitas notícias. Sonia Sales vai lançar um livro novo. Uma biografia de Joaquim Nabuco, dia 22 de setembro, às 17 horas, no PEN CLUBE (Praia do Flamengo, 172, no Rio). O título é “O menino de massangana”.
Nabuco era um excelente escritor. Um homem extraordinário, um brasileiro extraordinário. Estou ansioso por ler o livro de Sonia Sales.
Nabuco homem bonito. Dizem que as mulheres não resistiam a seus encantos. Falam até de um namoro com a Princesa Isabel. Deve ser lenda.
Foi o grande articulador da libertação dos escravos. Monarquista avançadíssimo. Alguns dizem que ele foi o verdadeiro libertador dos escravos.
Culto, elegante, democrata, bem nascido, Nabuco é glória brasileira.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Tânia Gabrielli-Pohlmann




Tânia Gabrielli-Pohlmann
RESENHAS

ROGEL SAMUEL



LYRA

a lua em peixe
diz pra multidão
me deixe


Rogel Samuel



Este mini-poema de Rogel Samuel, assim como muitos, muitos outros, além de crônicas, análises e comentários literários de valor inestimável encontram-se em http://www.geocities.com/rogelsamuel n’“O SITE DO ESCRITOR”.
Rogel Samuel é, ainda, autor de “NOVO MANUAL DE TEORIA LITERÁRIA” (Vozes), publicado em 2002. A obra foi concebida a partir de pesquisas nos Estados Unidos, França e Canadá, abrangendo não apenas as teorias consagradas, como o formalismo russo, a estilística, o new criticism, o estuturalismo e a semiologia, como também a crítica neomarxista, as teorias da recepção, do pós-modernismo, do pós-estruturalismo, a reflexão de Michael Foucault sobre a literatura, a descontrução, a teoria pós-colonial, a crítica do feminismo, a dialética hegeliana e a crítica dos valores de Nietzsche. As questões do belo, do mito, do trágico e do fantástico; o estudo do best-seller, do cinema e da TV também são analisadas numa linguagem clara e bem estruturada. Também a definição do que seja literatura e a natureza do fenômeno literário, além de conceitos básicos da teoria literária, fazem desta Obra um importante elemento de pesquisa, inclusive, a estudantes de Letras e Comunicações.
O currículo de Rogel Samuel vem corroborar sua obra. E vice-versa.

A boa poesia







A boa poesia


Rogel Samuel

Estamos no Brasil, mas não conseguimos almoçar no Bar Brasil, tão cheio. Nenhuma mesa. Fomos ao Nova Capela, aonde não íamos desde os anos 70. O mundo não passou, nesses lugares centenários. Nós, sim. Não mais encontramos o Válter e outros mortos. Nem os poetas daquela época. A poesia que naquela época se publicava em papel mimeógrafo. Alguns faziam um verdadeiro livrinho no mimeógrafo. Mas a poesia era boa. Tinha o sabor de algo proibido e revolucionário. A poesia dos excluídos, marginais e malditos. A boa poesia.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Talvez navegue dentro de uma nuvem de sonhos


Talvez navegue dentro de uma nuvem de sonhos


Rogel Samuel

O dia amanheceu frio, chuvoso, escuro. Próprio para os casais bem casados, que moram bem, casas amplas. Isso não é o que ocorre, na maioria dos casos. Os casais não são tão bem casados e as casas não são amplas. Mas, como a felicidade é algo interior, a chuva não a esmorece. E até dá para a contemplação. O mundo exterior silencia, o interior se alegra. Gosto desses dias. Convidam à paz que não tenho, mas imagino. O silêncio é algo inenarrável, não é a ausência de som. Somos um com ele. Ao longe uma aeronave passa, talvez cheia de sonhos. Talvez navegue dentro de uma nuvem de sonhos.

LEIA O ROMANCE HISTÓRICO DE R. SAMUEL "TEATRO AMAZONAS" -
http://teatroamazonas.blogspot.com/MAIS DE UM ANO DE PESQUISA EM TEXTOS RAROS E QUASE DESCONHECIDOS PELOS HISTORIADORES DE MANAUS.





quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ainda estamos no inverno


Ainda estamos no inverno

Rogel Samuel

Frio e chuvisco, no Rio de Janeiro. Ou nublado. Antigamente eu era suscetível ao tempo. Dia escuro, como este, me deixava melancólico. Depois de 2007, mudei. Fiquei 30 dias no Reino Unido, em Bournemouth. Pesadas chuvas diárias. Frio. Nuvens carregadas. Mas a paisagem bela, as praias belas, o mundo sorria debaixo de chuva. Aprendi que a chuva não muda o espírito, como o sol. Nós, brasileiros, somos filhos do sol. Nós, cariocas, adotivos ou natos. Filhos do sol, da praia, da feijoada, do Maracanã, do Carnaval que vem aí.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

poema


Rogel Samuel



meu amor

tua loura magreza não me toca
que afagarei teus pelos
com o beijo primordial

Seguro a mão que tu seguras
daquele que me encontro fonte
fantasma lavado e céu.
Ó meu amor
que se mistura
à carnadura do estro
às cores coxas do sensível

Ó meu portátil amor
que se oferece
na aparente umidescênciada paragem suburbana.


(120 poemas)



Dá pena ver










Dá pena ver

Rogel Samuel

Sim, dá pena ver o desespero e destempero do certas media contra uma candidata que não para de crescer.

Alguns ainda creem poder destruir.

Cuidado. O inimigos são perigosos. Eleição se ganha depois da apuração.


DHAMMAPADA


DHAMMAPADA (I) - Trad. Thanissaro Bhikkhu/Rogel Samuel



15-18 *:
Aqui ele aflige
ele aflige daqui por diante.
Em ambos os mundos
quem prejudica aflige.
Ele aflige, ele é aflito,
vendo a corrupção
das suas ações.
Aqui ele alegra
ele alegra daqui por diante.
Em ambos os mundos
o fabricante de mérito alegra.
Ele alegra, é exultante,
vendo a pureza
das suas ações.
Aqui ele é atormentado
ele é atormentado daqui por diante.
Em ambos os mundos
quem prejudica atormentou.
Ele é atormentado com o pensamento:
' Eu prejudiquei. '
Tendo ido para um destino ruim,
ele é atormentado
ainda mais.
Aqui ele se encanta
ele se encanta daqui por diante.
Em ambos os mundos
o fabricante de mérito se encanta.
Ele se encanta com o pensamento:
' Eu criei mérito. '
Tendo ido para um destino bom,
ele se encanta
ainda mais.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

La Maldición de la Malinche


La Maldición de la Malinche

Amparo Ochoa

Composição: Gabino Palomares


Del mar los vieron llegar
mis hermanos emplumados
Eran los hombres barbados
de la profecía esperada
Se oyó la voz del monarca
de que el dios había llegado.
Y les abrimos la puerta
por temor a lo ignorado.

Iban montados en bestias
como demonios del mal
Iban con fuego en las manos
y cubiertos de metal.
Sólo el valor de unos cuantos
les opuso resistencia
Y al mirar correr la sangre
se llenaron de verguenza.

Porque los dioses ni comen
ni gozan con lo robado
Y cuando nos dimos cuenta
ya todo estaba acabado.
Y en ese error entregamos
la grandeza del pasado
Y en ese error nos quedamos
trescientos años esclavos.

Se nos quedó el maleficio
de brindar al extranjero
Nuestra fe, nuestra cultura,
nuestro pan, nuestro dinero.
Y les seguimos cambiando
oro por cuentas de vidrio
Y damos nuestras riquezas
por sus espejos con brillo.

Hoy, en pleno siglo veinte
nos siguen llegando rubios
Y les abrimos la casa
y les llamamos amigos.
Pero si llega cansado
un indio de andar la sierra
Lo humillamos y lo vemos
como extraño por su tierra.

Tu, hipócrita que te muestras
humilde ante el extranjero
Pero te vuelves soberbio
con tus hermanos del pueblo.
Oh, maldición de Malinche,
enfermedad del presente
¿Cuándo dejarás mi tierra..?
¿cuándo harás libre a mi gente?




--

"Uma pitada de poesia é suficiente para perfumar um século inteiro."

José Martí

sábado, 4 de setembro de 2010

Imprensa fez que não viu


Imprensa fez que não viu

Por Alberto Dines

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/


Imprensa fez que não viu

Por Alberto Dines em 3/9/2010

Sobre comentário para o programa radiofônico do OI, 3/9/2010

A primeira guerra do século 21, iniciada em 7 de outubro de 2001 com a invasão do Afeganistão, ainda está em curso, nove anos depois. A segunda guerra do novo século, contra o Iraque do tirano Saddam Hussein, foi formalmente encerrada na terça-feira (31/8), quando o presidente Barack Obama cumpriu a promessa eleitoral e declarou encerradas as missões de combate no país.

Nenhum dos jornalões brasileiros destacou a data nas capas e os registros nas páginas internas foram irrisórios. Sete anos e meio de uma guerra total (20/3/2003 a 31/08/2010), meio milhão de mortos civis, o país destroçado por uma guerra religiosa infindável, o caos político implantado e ao cidadão brasileiro não se oferece a oportunidade de perceber a importância do que ocorre à sua volta.

O fato de que permanecem no Iraque 50 mil militares ianques para garantir a segurança do país não é justificativa para o desleixo do noticiário.

Quando a Segunda Guerra Mundial acabou na Europa (8 de maio de 1945), um contingente muito maior de soldados americanos, ingleses e russos permaneceu na Alemanha para garantir o fim das hostilidades.

Barril de pólvora

Ainda que as conseqüências da aventura militar iniciada pelo presidente George W. Bush se prolonguem por uma ou duas décadas, o anúncio feito por Obama seria uma excelente oportunidade para que a mídia reexaminasse a sua vexatória participação no engodo mundial que culminou com a catastrófica invasão do Iraque.

Saddam Hussein blefou durante quatro anos a respeito da posse de armas de destruição massiva, Bush, sua claque e o boboca Tony Blair se deixaram enganar e logo depois constatou-se que no Iraque não havia qualquer traço de armas atômicas, nucleares ou biológicas.

O fiasco político-midiático não deveria ser lembrado na terça-feira (31) quando Obama declarou que encerrava o engajamento americano nos combates?

A invasão do Iraque exacerbou definitivamente o confronto entre xiitas e sunitas, tornou todo o mundo islâmico um grande barril de pólvora, e aqueles que deveriam fazer cobranças distraíam-se com irrelevâncias.

O mundo vai mal porque a imprensa já não sabe o que importa nem consegue apontar o que é transcendente.

Crise na imprensa: sucessão de notícias ruins


Crise na imprensa: sucessão de notícias ruins


Carlos Castilho


http://www.observatoriodaimprensa.com.br/



Os prognósticos financeiros da imprensa, em escala mundial, mostram que não houve reversão nos indicadores da saúde corporativa, o que reforça a tese de que mudar custa muito dinheiro, mas não mudar pode sair ainda mais caro. Tudo porque as grandes empresas, tanto da mídia impressa como do audiovisual, vacilam diante do impasse entre esticar ao máximo as estruturas analógicas de produção e dar um salto no escuro na digitalização completa.

Esta transição de modelos tem como grande protagonista o miliardário australiano naturalizado norte-americano Rupert Murdoch, que está apostando suas fichas na imposição do acesso pago às notícias publicadas na internet. Os seguidores desta alternativa amargaram, na semana passada, dois grandes revezes. Primeiro, foi o informe da Associação Mundial de Jornais (WAN - World Association of Newspapers) revelando que a venda de jornais impressos em todo o planeta caiu mais 0,8% em 2009, chegando agora a um total de 517 milhões de cópias diárias nos 233 países pesquisados.

Depois veio outra notícia ruim para os grandes indústrias da comunicação com os rumores sobre a agonia do CBS News, um dos mais importantes telejornais da televisão mundial. O CBS News, que já foi uma espécie de bíblia informativa de milhões de norte-americanos quando Walter Cronkite era o seu apresentador, teve sua redação cortada até o osso, sobrando apenas 1.400 funcionários em toda a sua rede de repórteres, correspondentes estrangeiros, técnicos e produtores. Hoje o telejornal tem menos de cinco milhões de telespectadores no noticiário do horário nobre, uma cifra irrisória comparada à audiência de 56 milhões nos anos 1980.

O jornal inglês The Times, controlado pelo conglomerado News International, de Murdoch, perdeu 90% de seu público leitor depois da introdução de uma taxa de acesso diário no valor equivalente a 2,65 reais, e acesso semanal por cerca de 5,3 reais. Os números da queda foram passados anonimamente por funcionários do Times ao jornal concorrente The Independent, porque a News impôs uma férrea censura à divulgação de estatísticas sobre os acessos online.

Murdoch pretende ser o grande paladino da cobrança de acesso às notícias publicadas na Web tentando com isto encontrar a fórmula mágica capaz de garantir o fim das agruras financeiras da indústria mundial de jornais, traumatizada, em 2009, por uma redução de mais 17% na receita publicitária das empresas pesquisadas pela WAN.

Os movimentos do dono da News Corporation, que engloba o The Wall Street Journal, são observados com lupa pela maioria dos concorrentes, que inicialmente saudaram a audácia do bilionário de 79 anos mas agora já começam a vê-lo como um dom Quixote de uma causa que parece não decolar.

As estatísticas publicadas pela WAN mostram que na América Latina a queda de circulação paga de jornais foi da ordem de 4,6% em relação aos totais de 2009, uma redução mais aguda do que a registrada nos Estados Unidos, onde foi de -3,4% e menor do que na Europa, -5,6%. A circulação paga subiu apenas na Ásia (+1%) e, surpreendentemente, na África (+4,8%) .

Nos últimos cinco anos, ainda segundo a WAN , a circulação paga de jornais no mundo inteiro subiu 5,7%, alavancada basicamente pelo crescimento na Ásia (13%) e na África (30%) e por um modesto aumento de 5% na América Latina. Em compensação, a circulação paga nos Estados Unidos despencou em 10,6% no mesmo período, seguida pela dos jornais europeus com -7,9% e australianos, com -5,6%.

A publicidade nos jornais também seguiu um padrão descendente. Houve uma redução de 17,9% no faturamento publicitário da indústria mundial de jornais ao longo dos últimos cinco anos. Nos Estados Unidos, as perdas foram de 35%, enquanto na Europa a queda foi de 15% e a Ásia registrou um índice de -5%. A grande surpresa foi o crescimento de 46,5%, desde 2004, no faturamento publicitário dos jornais latino-americanos, movido basicamente pelo Brasil, onde a onda da recuperação econômica permitiu um aumento do consumo interno.

Segundo especialistas citados numa reportagem do jornal The Independent, a queda da circulação dos jornais no mundo inteiro não chega a ser catastrófica e nem representa a entrada no "corredor da morte" . O problema é que a redução é contínua, o que reforça a convicção de que não se trata de um fenômeno passageiro. É justamente esta constatação que está empurrando cada vez mais executivos das indústrias jornalísticas e da publicidade a colocar o acesso pago ou paywall ("muro de pagamento" no jargão inglês) como uma questão de mais de fé do que de razão.

Na verdade, a pobreza crônica de soluções inovadoras para o problema da fuga de leitores e anunciantes para a internet leva os executivos a apostarem tudo na cobrança de acesso,uma solução que até agora produziu mais decepções do que alegrias para a indústria dos jornais e revistas. Trata-se da mesma angústia que toma conta dos responsáveis pelos departamentos jornalísticos das três grandes redes de televisão dos Estados Unidos, que cortaram quase 20% de todo o seu pessoal nos últimos três anos para compensar a falta de anunciantes.

O que parece, no entanto, claro é a resistência dos executivos em optar por uma mudança que represente o abandono do modelo atual de receita. Há uma questão de custo embutida na troca de padrões, mas há também uma questão cultural muito mais difícil de ser alterada. São rotinas e valores muito antigos.

O maior deles é a questão dos custos da mudança. A digitalização dos processos de produção jornalística exige investimentos significativos, mas não é o seu volume que assusta os empresários da imprensa. É a incerteza quanto aos resultados. A convivência com a dúvida é extremamente desconfortável para homens de negócio acostumados a crer apenas nas certezas. Por isso eles têm tanta dificuldade em aceitar a tese de que não mudar pode sair ainda mais caro.

DHAMMAPADA



DHAMMAPADA (I) - Trad. Thanissaro Bhikkhu/Rogel Samuel


1-2 *:
Fenômenos são precedidos pelo coração,
regidos pelo coração,
feitos do coração.
Se você fala ou age
com um coração corrompido,
o sofrimento então o segue
como a roda do carro
o rasto do boi
isso puxa aquilo.


Fenômenos são precedidos pelo coração,
regidos pelo coração,
feitos do coração.
Se você fala ou age
com a calma, coração luminoso,
então a felicidade o segue,
como a sombra
que nunca o deixa.


3-6:
' Ele me insultou,
me bateu,
me agrediu,
me roubou'
para quem esses pensamentos alimenta
a hostilidade não é acalmada.

' Ele me insultou,
me bateu,
me agrediu,
me roubou'
para quem não pensa assim,
a hostilidade é acalmada.
Não são acalmadas hostilidades
por hostilidades,
indiferentemente.
São acalmadas hostilidades
por não-hostilidades:
isto é uma verdade sem fim.

Ao contrário os que percebem
que estamos aqui à beira
de perecer,
esses nada fazem
e suas disputas são pacificadas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ALÉM DO AFEGANISTÃO


ALÉM DO AFEGANISTÃO

(Publicado em 11.10.2001)

ROGEL SAMUEL

A ameaça que nos ronda é falta de poesia. Eu vinha pela Tiradentes, passo pela Rua Luiz de Camões, esquecida. Depois, a Travessa das Belas Artes. Lá, só poucas mulheres, decadentes, esperam fregueses. A seguir, o Beco do Tesouro. Nada mais pobre. "Proibidos beijos ousados", está escrito no cardápio da Adega Flor de Coimbra. Em sonhos, no meio do conflito. Estresse das notícias. Estamos assistindo ao fim da Internet, como espaço livre de opinião, sem censura e sem limites. Primeiro, veio surto de acusações contra a pornografia infantil, que ninguém vê. Não deu certo. Essa guerra marca o fim da vida privada. Nasce a desconfiança e a incerteza. Nós todos vamos de nos entocar nos nossos redutos, voltar à civilização num estágio anterior, à civilização do papel. Fim do homem público, do homem digital. Restritos são "os beijos ardentes". Lembro-me de um soneto de Olegário Mariano, que não está nas suas "Obras Completas" e que começa: "As coisas boas da vida, tu podes ter sem comprar". Há os versos do poeta indiano antigo Shantideva, que dizem:


Quaisquer flores e frutos que haja,
Quaisquer tipos de medicamento,
Tudo o que é precioso neste mundo,
E todas suas puras águas refrescantes.

Montanhas de pedras preciosas, e assim,
As solitárias florestas, a alegria calma,
Árvores brilhantemente adornadas com flores,
Os ramos pesados de excelentes frutos.

Lagos e lagoas adornadas de lótus,
Gansos selvagens que enchem o céu
Com gritos tão bonitos—
Tudo o que não tem posse neste vasto universo.

Tendo tudo isso em mente, eu ofereço
Para você e seus descendentes;
Por pura e grande compaixão
Amavelmente aceite este presente.

Eu sou pobre e não tenho nenhuma riqueza,
Eu nada tenho mais para oferecer,
Assim por esta intenção amável pelos outros,
Aceite também isto por mim.



Depois de velho, recolho-me ao sofá, acompanhado da novela da Globo "O Clone". A paisagem árabe me pergunta: a emissora previu o 11 de setembro? A qualquer momento, no vídeo, espero aparecer Osama ao lado de Stenio Garcia. "Allá al-wa ka-bá" e Deus Salve a América. O meu amigo Kaled, hoje morando em Belo Horizonte, iniciou-me no Islã. Começou pela coalhada, com sal e azeite. A cordialidade árabe me lembra o banquete que, em 1952, o filho do rei da Arábia Saudita Ibn Sa'ud ofereceu a Onassis: No Palácio de Riad havia dançarinos comedores de fogo, cantoras e músicos. E foi servido um "camelo recheado" com um cervo, que é recheado com um carneiro etc que é recheado com uma pomba. Assado por 15 horas, regado por óleo perfumado com ervas finas. Exige dezenas de robustos cozinheiros para poder virar o espeto, sempre no mesmo ritmo. Depois do repasto, Onassis deixou o palácio levando bons contratos comerciais assinados e duas maravilhosas espadas de ouro maciço, presente do rei [Cafarakis, "O fabuloso Onassis", p. 93]. É certo que, para agradar ao rei, Onassis desembarcou com uma bagagem de presentes "capaz de encher dois andares das Galerias Lafayette", que distribuiu para o povo. Para o rei, só jóias, ouro e pedras preciosas. Do rei também ganhou um casal de canários, que Onassis chamava de Caruso, e que viajava com ele pelo mundo, presente do Rei Ibn Saud. Onassis transportaria o petróleo da Arábia através do mundo devido unicamente à elegância de seu trato social. Os dirigentes do mundo moderno deviam aprender a ler biografia, antes de tratados de guerra. São mais eficazes. "Deus criou apenas a água. O homem fez o vinho" diz Victor Hugo numa tabuleta da Adega Flor de Coimbra. O vinho faz esquecer, desarma os espíritos e as guerras. Diz o filósofo indiano moderno Krishnamurti: "A crise que atualmente assola o mundo inteiro é excepcional e sem precedentes. Crises tem havido, de toda a ordem, em diferentes períodos, crises sociais, nacionais, políticas... Sem dúvida a crise atual é diferente. E diferente porque não se trata de coisas tangíveis, mas de idéias. Estamos disputando armados de idéias, justificando-se o assassínio, em todas as partes do mundo justifica-se o assassínio como um meio de alcançar um fim justo, o que por si só é coisa inédita, o homem perdeu toda a importância: os sistemas, as idéias tornaram-se importantes. O homem já não tem nenhuma significação. Pode-se destruir milhões de homens, desde que se produza certo resultado, e esse resultado se justifica por meio de idéias.”["A primeira e última liberdade"].

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Deus é desnecessário ?



Deus é desnecessário para explicar a criação, diz Hawking

O Universo pode e deve criar-se a partir do nada, escreve o famoso cientista em novo livro




REUTERS - REUTERS



Deus não criou o Universo e o Big Bang foi uma consequência inevitável das leis da física, argumenta o eminente físico teórico Stephen Hawking em um novo livro.


Evan Agostini/APO físico britânico Stephen Hawking, durante evento realizado em junhoEm The Grand Design (O Grande Projeto, em tradução literal), que tem como coautor o físico americano Leonard Mlodinow, Hawking diz que uma nova série de teorias torna o conceito de criador do Universo redundante, de acordo com o jornal britânico Times.

"Porque existe uma lei como a gravidade, o Universo pode e deve criar-se a partir do nada. Criação espontânea é a razão para haver alguma coisa em vez de nada, para que o Universo exista, para que nós existamos", escreve Hawking. "Não é necessário invocar Deus para acender o pavio e pôr o Universo em movimento".

Hawking, com 68 anos, ganhou notoriedade mundial com seu best-seller de 1988, Uma Breve História do Tempo, um relato da história do Universo, e é renomado no meio científico por suas teorias sobre buracos negros, cosmologia e gravidade quântica.

Desde 1974, o cientista trabalha para casar as duas pedras angulares da física - a Teoria da Relatividade Geral, que trata de fenômenos de larga escala e da força da gravidade, e a Teoria Quântica, que cobre as interações entre partículas subatômicas.

Seu comentário mais recente sugere que ele rompeu com seu ponto de vista anterior sobre a religião. Antes, ele havia escrito que as leis da física apenas diziam que não era preciso acreditar numa intervenção divina.

Em Uma Breve História..., ele escreveu que uma teoria completa da física permitiria "conhecer a mente de Deus".

Em seu último livro, ele diz que a descoberta, em 1992, de um planeta em órbita de outra estrela além do Sol ajudava a desconstruir a visão de que o universo não poderia ter surgido do caos, mas foi criado por Deus.

"Isso faz as coincidências de nossas condições planetárias -- um único Sol, uma combinação de sorte de uma distância entre a Terra e o Sol e a massa solar, muito menos impressionante, e evidência muito menos convincente de que a Terra foi criada cuidadosamente apenas para agradar aos seres humanos", diz ele no livro.

Hawking consegue falar apenas por um sintetizador de voz computadorizado, em decorrência de uma neurodistrofia muscular que avançou nos últimos anos e o deixou quase completamente paralisado.

Ele começou a sofrer da doença em seus 20 e poucos anos, mas conseguiu se estabelecer como uma das maiores autoridades no mundo científico. O físico também teve participação especial no seriado "Jornada nas Estrelas" e nos desenhos animados "Futurama" e "Os Simpsons".

No ano passado ele anunciou que estaria deixando o cargo de professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge que mantém desde 1979. O posto já foi anteriormente assumido por Newton.

O livro tem lançamento internacional marcado para 7 de setembro.

J. K. Rowling ganha o prestigiado prêmio Andersen



J. K. Rowling ganha o prestigiado prêmio Andersen


Considerado uma espécie de Nobel da literatura infanto-juvenil, o prêmio oferece 67 mil euros


A escritora J.K. Rowling, autora da premiada saga sobre Harry Potter, ganhou nesta quarta, 1, na Dinamarca, o prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante dedicado à literatura infanto-juvenil. É uma espécie de Nobel do gênero. A ecritora Ana Maria Machado foi a única brasileira a receber o prêmio, em 2000.


APJ.K. Rowling, que esta semana doou US$ 15,5 milhões para o combate à esclerose múltiplaConferido por uma fundação privada que leva o nome do famoso escritor, o prêmio oferece 67 mil euros. Rowling receberá o prêmio em 19 de outubro em Odense, cidade natal do autor de O Patinho Feio. A entrega vai coincidir com a celebração nesta cidade da edição anual de um festival dedicado a Harry Potter.

Na terça-feira, Rowling havia doado 10 milhões de libras (US$ 15,5 milhões) para a criação de uma nova clínica de pesquisa de esclerose múltipla, doença que matou sua mãe. "Eu acabei de fazer 45 anos, a idade que minha mãe, Anne, tinha quando morreu por complicações ligadas à esclerose múltipla."

quarta-feira, 1 de setembro de 2010