quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

A completa realização de P'ang Yün

A completa realização de P'ang Yün Rogel Samuel Primeiramente o texto tece o tempo. Não existe. O passado não existe, é passado. Não tente lembrar o passado. Deixo-o onde está. Onde (não) está. O presente não é tangível. Passa rápido. Ao tocá-lo já é outro, já não é. Quanto ao futuro... que futuro? Qual futuro? Ainda nada sabemos dele. Não é pensável, antes. Não tente julgar, não avalie as coisas que vierem aos olhos: não existe ordem a ser mantida nem sujeira a ser limpa. O dharma não tem vida (nem não vida). A realização está completa. Assim é o poema: “A realização última P'ang Yün O passado já é passado Não tente recuperar. O presente não fica Não tente tocá-lo. Momento a momento O futuro não veio Não pense nisto Antes. Tudo que vem ao olho, Deixe que seja Não há nenhuma ordem A ser mantida, Não há nenhuma sujeira A ser limpa. Com a mente realmente vazia Penetrado, o dharma Não tem nenhuma vida. Quando puder estar assim, Você completou A realização última. P'ang Yün”.

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