segunda-feira, 5 de outubro de 2009
As vogais de água
As vogais de água
Rogel Samuel
Azenha nos fala de lugares (sagrados) onde chegam sons misteriosos milagrosos estranhos
sons de vogais de água, talvez de chuvas, talvez de fontes, talvez de mares, novos e
reunidos por assomos de memória, por redes vertiginosas de emblemas, de entoações
concentradas por palavras, por luzes e lanternas, por velas em "ii", por projetos
diluídos em água, em feminina água, em espelhos de água, onde transporta seus sonhos
de um lado para outro, abrindo a fórceps um buraco nos espelhos...
vogais de água
há lugares onde chegam vogais de água
lugares novos espantados que assomam à memória
por redes vertiginosas
as suas entoações concentram-se em palavras fabulosas
palavras luminosas sur-
preendidas pelos castiçais dos ii
um projecto de água
digo:
transportar o sonho de um lado para outro
abrir com toda a força um buraco nos espelhos
MARIA AZENHA
A chuva nos espelhos
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3 comentários:
Azenha desvela-nos ainda a direcção...
"sigo a herança dos cisnes
pousada
está a palavra
na fonte"
Maria Azenha
in "A Chuva nos Espelhos"
Fico muito feliz com esse encontro de duas luzes. Lindo, Rogel!
Um grande abraço.
Jefferson.
OBRIGADO, AMIGOS, PELA LEITURA E PALAVRAS POÉTICAS
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