terça-feira, 28 de setembro de 2010

Avenida Brasil


Rogel Samuel: Avenida Brasil

Quando chegamos no Rio, entrando pelo portal da Avenida Brasil, parece que chegamos no Iraque em guerra: fábricas fechadas, janelas quebradas, lixo no chão, pó como pólvora, telhados desabados, cumeeiras expostas, esqueletos de prédios decadentes, calçadas em ruínas, o deserto de uma cidade sem vida, de uma cidade arruinada, dizimada pela guerra dos pixadores, dos horrores, dos pavores, dos horrores do mal.


Como cantavam os indios do Amazonas:

“Comerei teu corpo no crânio da tua cabeça
Sobre tuas cinzas dançarei
E exultarei!”



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