terça-feira, 19 de julho de 2011

PAI E FILHO CONFUNDIDOS COM CASAL GAY FORAM ESPANCADOS POR 7 HOMENS




SP: Polícia prende suspeito de agredir pai e filho confundidos com gays



Autônomo de 42 anos teve parte da orelha decepada - Reprodução/EPTV

SÃO PAULO - Um homem suspeito de envolvimento no caso de agressão a um pai e um filho, que foram confundidos com um casal gay, foi detido nesta terça-feira em São João da Boa Vista, a 225 km de São Paulo. O agressor, que não teve a identidade divulgada, teria confessado a participação no crime. A Polícia Civil já fez o pedido da prisão preventiva dele. Outros dois suspeitos foram identificados e estão sendo procurados, segundo o site da EPTV.

RELEMBRE:Pai e filho são confundidos com casal gay e agredidos por grupo em São João da Boa Vista, SP

Um simples gesto de afeto entre pai e filho motivou o espancamento. Os dois estavam abraçados quando foram cercados por sete homens, na madrugada da última sexta-feira, na Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (EAPIC).

- Passou um grupo perguntando se a gente era gay. Eu falei que não. Falei que, como nós vamos ser gays se somos pai e filho. Aí os caras ficaram bravos: não, vocês são gays, vocês são gays - relatou o autônomo de 42 anos, que é de Vargem Grande do Sul e teve parte da orelha decepada.

" Passou um grupo perguntando se a gente era gay. Eu falei que não. Falei que, como nós vamos ser gays se somos pai e filho. Aí os caras ficaram bravos: não, vocês são gays, vocês são gays "

O grupo foi embora, mas voltou logo depois. Eles foram abordados novamente com violência, recebendo chutes e socos. O filho teve ferimentos leves e o pai foi espancado.

- Quando eu começei a acordar, escutei gritar: ele está sem orelha, ele está sem orelha - disse.

A organização da festa informou que todas as exigências de segurança foram cumpridas e explicou que no local havia 150 seguranças, além da Polícia Militar. Disse também que vai colaborar com a polícia para a identificação de todos os agressores.

Uma vendedora ambulante que trabalhava na barraca onde aconteceu a agressão foi uma das testemunhas ouvidas pela Polícia Civil nesta terça-feira. A mulher, que preferiu não se identificar, falou sobre a violência que viu na semana passada.

- O cara estava em cima dele, parecia que queria matar - disse.

O autônomo também foi até a delegacia para tentar reconhecer um dos agressores. O suspeito teria sido identificado com a ajuda das câmeras do circuito de segurança do recinto da festa. Apesar disso, a vítima não soube dizer se o suspeito fazia parte do grupo.

- Eu cai na hora e não tenho como identificar - afirmou.

O filho dele de 18 anos, que teve ferimentos leves, voltou para São Paulo, onde mora e estuda. O rapaz está com medo. A namorada dele, que acompanhava os dois e estava no banheiro no momento da agressão, ficou indignada com tanta violência.

Um grupo da cidade que defende a diversidade sexual considera que a agressão está relacionada à Parada Gay, que será realizada no próximo domingo.

A homofobia, que é a aversão a homossexuais, ainda não consta como crime no Código Penal brasileiro, mas, além da agressão, os jovens também podem responder por discriminação.

2 comentários:

Artedias disse...

Novamente o Supremo terá que fazer o papel do Congresso. Os deputados assistem a tudo isso e ainda apoiam, simplesmente não querem resolver. Andam na contramão da ciência, história e direitos humanos, declarando que os homossexuais que devem se curar, pois seriam os causadores dos problemas. Educação faz muito bem ao convívio harmonioso. Apoiamos o STF!

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

concordo