quarta-feira, 19 de novembro de 2008
O POR DE SOL DE HOLDERLIN
O POR DE SOL DE HOLDERLIN
Rogel Samuel
Onde estás? A alma anoitece-me bêbeda
De tôdas as tuas delícias; um momento
Escutei o sol, amorável adolescente,
Tirar da lira celeste as notas de ouro do seu canto da noite.
Ecoavam ao redor os bosques e as colinas;
Êle no entanto já ia longe, levando a luz
A gentes mais devotas.
Que o honram ainda.
(Trad. Manuel Bandeira )
Não faz muito tempo que conheci você. Onde estará? Por que você não vence esta sua tendência à auto-destruição? Contra a minha vontade estou preso a este laço invisível que nos une.
Onde está?- pergunta o poeta. Suas lembranças me embebedam e envenenam. Mas o canto da noite já se ouve e o sol, já um pouco distante, o sol adolescente Apolo, já toca na sua lira as notas do seu noturno.
No ambiente ao redor, nas colinas e nas árvores, ainda ecoam os cânticos do sol, que agora já leva a luz e seus adoradores.
Ó Holderlin!
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