sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O PAPA





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ÍNDIA E PAQUISTÃO








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DIA BUDISTA


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Saiba quais estimulantes e entorpecentes ajudaram a criar grandes obras


Saiba quais estimulantes e entorpecentes ajudaram a criar grandes obras
da Livraria da Folha

Há sempre um burburinho se certos escritores nacionais e internacionais usaram ou não substâncias químicas enquanto compunham suas obras. A alegação é, na maioria das vezes, justificada pela genialidade de seus escritos.

Como exemplos, temos os chamados "desregrados" tanto na escrita quanto na vida --Jack Kerouac, Charles Baudelaire e Jean-Paul Sartre. No site do jornal de história "Lapham's Quarterly", o leitor tem acesso aos estimulantes e entorpecentes que esses gênios utilizaram enquanto escreviam obras que marcaram a literatura mundial.

Conheça os bastidores de obras como "On the Road", "Junkie", "O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde", entre outras:

Fotomontagem/Folha Online

Charles Baudelaire, Jean-Paul Sartre, Jack Kerouac, William Faulkner e Raymond Chandler constam na lista

*
Estimulantes ou drogas

"La Comédie Humaine" (1829-1848), de Honoré de Balzac
- café

"O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde" (1886), de Robert Louis Stevenson
- cocaína

"On the Road" (1957), de Jack Kerouac
- benzedrina (atua como estimulante no sistema nervoso central)

"September 1, 1939" (1958), de W.H. Auden
- benzedrina (atua como estimulante no sistema nervoso central)

"Critique of Dialectical Reason" (1960), de Jean-Paul Sartre
- café e corydrane (anfetamina com aspirina)

Álcool

"Vanity Fair Essays" (1921), de Edna St. Vincent Millay
- gim

"Road to Glory" (1936), de William Faulkner
- uísque

"O Coração É um Caçador Solitário" (1940), de Carson McCullers
- chá quente e vinho

"A Dália Azul" (1946), de Raymond Chandler
- doses de vitaminas

"A Sangue Frio" (1965), de Truman Capote
- martinis duplos

Drogas que causam depressão

"Kubla Khan" (1797), de Samuel Taylor Coleridge
- láudano (tintura de ópio com efeito sedativo)

"Aurora Leigh" (1856), de Elizabeth Barrett Browning
- láudano (tintura de ópio com efeito sedativo)

"Paraísos Artificiais" (1860), de Charles Baudelaire
- haxixe (narcótico)

"Junkie" (1953), de William S. Burroughs
- heroína

"The Basketball Diaries" (1978), de Jim Carroll
- heroína

Psicodélicos

"As Portas da Percepção" (1954), de Aldous Huxley
- mescalina (substância que causa alucinações)

"Um Estranho no Ninho" (1962), de Ken Kesey
- peiote (cacto de onde se origina uma droga que causa alucinações) e LSD

"High Priest" (1968), de Timothy Leary
- LSD

"Medo e Delírio em Las Vegas" (1971), de Hunter S. Thompson
- LSD

"Journey to Ixtlan" (1972), de Carlos Castaneda
- peiote (cacto de onde se origina uma droga que causa alucinações)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Câncer de Hebe já não existe mais, diz assessoria


Câncer de Hebe já não existe mais, diz assessoria

Nota afirma que quimioterapia foi encerrada com sucesso


A assessoria de imprensa de Hebe Camargo, 81 anos, divulgou no início da tarde desta quarta-feira (28) um comunicado em que afirma que a apresentadora venceu a luta contra o câncer de peritônio e que não faz mais sessões de quimioterapia.

"A apresentadora Hebe Camargo submeteu-se a um exame clínico hoje [quarta] e foi constatado que o câncer que a acometia já não existe mais, portanto está livre das sessões de quimioterapia", diz a nota, que credita as informações ao empresário de Hebe, Claudio Pessutti.

"Sabemos que ainda há um período a ser percorrido até que tudo esteja resolvido, mas esta é uma grande notícia aos fãs de todo o Brasil que acompanharam e oraram por nossa querida Hebe."

O comunicado encerra com uma frase de Hebe, comemorando a notícia de se ver livre do câncer: "Deus nunca me abandonou, nunca vi a vida com tanta alegria".

De acordo com a assessoria da apresentadora, Hebe nem precisou fazer a última sessão de quimioterapia que tinha agendada.

Diagnóstico

Hebe foi diagnosticada no início de janeiro com um câncer primário (isto é, sem metástase) no peritônio, membrana que envolve os órgãos do aparelho digestivo.

Ela passou por uma cirurgia para retirada de nódulos, ficou 12 dias internada e desde então vinha fazendo tratamento quimioterápico.

Hebe voltou a gravar seu programa no SBT em 8 de março. Na ocasião ela também celebrou seu aniversário, cercada por amigos e celebridades como Xuxa, Ana Maria Braga, Ivete Sangalo, Leonardo, Maria Rita e Marília Gabriela.

No programa, a apresentadora ainda recebeu uma mensagem gravada de Silvio Santos, que cantou “Parabéns a você” com a plateia. “Muita saúde e alegria. Você supera tudo com seu otimismo”, afirmou à época o patrão. (G1)

HOJE, DE GRAÇA


NELSON FREIRE ESTÁ HOJE, DE GRAÇA, IMPERDÍVEL EM:

http://www.medici.tv/

PEDRA DA GALINHA, QUIXADÁ, CE


FOTO DE CIRO ALBANO

CRIANÇAS DO XINGU

GALERIA DE FOTOS PREMIADAS




Floresta de Belo Monte que será alagada


VEJA
Pássaros ostentando suas presas, prontos para ataque ou fugindo de um incêndio florestal estão entre as 36 cenas vencedoras do concurso Avistar de fotografia de aves deste ano. Ciro Albano, Dimitri Matoszko e Simone Cemin Tomaz ganham os primeiros prêmios. Cerca de 3,7 milhões de votos de internautas ajudaram jurados a escolher os Prêmios Especiais ‘Vox Populi’. A exposição com vencedores será durante o Avistar 2010, de 14 a 16 de maio próximo no Parque Villa-Lobos, em SP

GALERIA EM:

http://www.oeco.com.br/fotografia/39-fotografia/23804-avistar-2010

Camilo Pessanha





Sim. Os olhos estão apagados. Mas vêem, sem luz. A água cai, das beiras dos telhados a água cai. Cai, sempre. Cai, para sempre. Cai, como a morrer. Os olhos tristes vêem, cansados, em lágrimas, na vã tristeza ambiente, os olhos. Como a água morrente (Rogel Samuel)




Água morrente

Meus olhos apagados,
Vede a água cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, sempre cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer...
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.
Meus olhos, afogai-vos
Na vã tristeza ambiente.
Caí e derramai-vos
Como a água morrente.

Camilo Pessanha

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Não serei conhecido, serei uma lenda"


Livro narra a trajetória de Freddie Mercury, a principal estrela do Queen que abalou o Rock in Rio, em 1985


Lúcio Flávio

Para fugir do exílio na Ilha de Creta, Dédalos, pai de Ícaro, confeccionou dois pares de asas usando penas e cera. A fuga do desterro teria sido bem-sucedida se o filho não tivesse se aproximado tão perto do sol, derretendo seus alados acessórios. O incidente o levaria à morte. Meio que encarnando o personagem da mitologia grega, o cantor britânico Freddie Mercury também alcançou os pontos mais altos do firmamento na condição de astro de rock e, tal qual o herói ateniense, se viu diante da derrocada ao ser alvejado por doença incurável.

A analogia com o mito grego quem traça é o escritor francês Selim Rauer, autor de biografia sobre o líder da banda Queen que acaba de chegar às livrarias pela editora Planeta. "À princípio meu desejo era escrever um livro sobre música, especialmente sobre uma figura importante do rock, alguém que fosse, em minha opinião, simbólico o bastante, fascinante e capaz de trazer uma multiplicidade de acesso e entendimento. Achei que o paralelo com o mito de Ícaro poderia ser, em termos de literatura, muito interessante", comenta Rauer, em entrevista por e-mail.

"Não havia na França absolutamente nenhum livro sobre Freddie Mercury, então pensei na possibilidade de trabalhar numa biografia sobre esse artista. Minha meta foi fazer uma obra que fosse ao mesmo tempo acessível para qualquer um, mantendo o mais alto padrão de qualidade", confessa o autor, que trabalhou cinco anos no projeto.

Ao longo desse período, Rauer debruçou-se num minucioso trabalho de pesquisa que consistiu em livros, documentários e vídeos de bastidores dos shows, além das antológicas apresentações ao vivo do grupo. Também ouviu inúmeras pessoas que trabalharam ou conviveram com o artista, além dos três remanescentes integrantes da banda que já vendeu mais de 300 milhões de cópias em todo o mundo desde sua formação em Londres, em meados dos anos 1970. "Não sei se poderia dizer se esta é uma 'biografia definitiva' sobre o cantor. Sempre damos o melhor de si naquilo que fazemos."

Apesar das poucas fotos, a obra, intitulada simplesmente de Freddie Mercury, conta com narrativa honesta e direta sobre a trajetória do cantor. O mais intrigante diz respeito às origens de Mercury, que remontam à Ilha de Zanzibar, localizada ao largo da costa da Tanzânia. Foi ali que o artista nasceria em 5 de setembro de 1946 com o nome de Farrokh Pluto Bulsara. Seus pais, indianos seguidores da religião zoroastriana, tinham descendências persas e viveram na região até o início da década de 1960, quando tiveram que deixar a ilha devido a conflitos políticos e religiosos.

Radicada em Londres, a família Bulsara daria início a uma nova vida. Para o escritor Selim Rauer, a formação familiar do jovem Farrokh foi determinante para moldar o personagem Freddie Mercury. "Ele nunca falava sobre sua infância e origem, tudo isso era uma espécie de jardim secreto para ele. Tal inacessibilidade ajudou a criar o mito em torno de sua figura", observa Rauer.

Pompa
Como já era de se esperar, a melhor parte da biografia, óbvio, é quando o autor esmiuça os detalhes da formação de uma das bandas de rock mais importantes do planeta. Chama atenção detalhes como o símbolo imponente da banda criado por Mercury a partir de sua herança como designer e a origem do nome do grupo. "É grande, pomposo", justificaria o vocalista, que se autodefinia como uma prostituta do rock.

O livro detalha também como Farrokh Bulsara chegou ao nome e persona Freddie Mercury, este último rabiscado de um verso confuso escrito por ele próprio - "Mother Mercury, look what you have done to me, I can not run, I can not hide (Mamãe Mercury, veja o que você me fez, Não posso fugir nem me esconder) -, ou a forte influência exercida pela passagem do xamã Jimi Hendrix (para Mercury uma figura exótica) por Londres, entre 1965 e 1966, na sonoridade do que viria a ser o Queen.

Mais tarde seriam somados a esse rol de referências o rock purpurina do T-Rex, a poesia engajada de Bob Dylan e a química explosiva trabalhada entre o guitarrista Jimmi Page e o vocalista Robert Plant, as principais cabeças do Led Zeppelin. "Não serei conhecido, serei uma lenda...", vaticinou Mercury, bem antes de se tornar o mito que conhecemos.

Com a atenção devida de um crítico musical, coisa que não é, o escritor Selim Rauer vasculha com precisão os bastidores de cada álbum do Queen, mostrando não apenas a evolução, disco a disco, dos quatro integrantes, mas a força criativa de cada elemento da banda formada ainda pelo baterista Roger Taylor, o baixista John Deacon e o guitarrista Brian May, um dos principais compositores ao lado de Mercury. Vai mais além ao elucidar o estilo musical da banda que unia numa única paleta cores ilustrativas como música clássica, ópera, comédia trágica, rock, pop e uma boa dose de teatralidade.

Elementos facilmente detectados, por exemplo, na obra-prima A night at the opera, 1975. "Naquele momento, precisávamos de uma virada, de uma mudança radical, e apostamos tudo naquele álbum, sem saber onde aquilo nos levaria", registra, no livro, o baterista Roger Taylor. Outro tópico relevante abordado pelo autor foi a importância que o Queen teve como performance de palco com apresentações antológicas ao vivo em grandes estádios. A inovação da banda foi pomposa, condizente com o nome criado por eles e nesse sentido pode-se dizer que o quarteto londrino foi maior que os Beatles. Vai ficar para sempre na lembrança das pessoas a imagem de Mercury regendo um coro de mais de 200 mil vozes, no Rock in Rio, em 1985, quando cantou a imortal balada Love of my life.

UMA MORTE LENTA
Com algumas revelações surpreendentes, pelo menos aos olhos dos fãs brasileiros, entre elas, um casamento do astro com Mary Austin (com quem viria a ser grande amiga e principal retentora de seus bens), ainda no início da carreira, e o envolvimento amoroso com a atriz alemã, de origem austríaca, Barbara Valentin (na época um conhecido caso do cineasta alemão Werner Fassbinder), em meados da década de 1970, a biografia encontra o clímax nos últimos anos de vida do cantor. Período que vai de sua descoberta como portador do vírus HIV (um dos primeiro da esfera musical), até a morte lenta, triste e agônica de um superstar. O autor Rauer percorre os últimos passos do artista, mostrando a aflição dos colegas de trabalho e de pessoas próximas, passando pela preocupação dos fãs diante de visível degradação física do ídolo, e o assédio desavergonhado da imprensa sensacionalista britânica. Mostra o desespero e a preocupação de Mercury de todo tempo querer maquiar a morte, com a entrega total no estágio mais crítico da doença. "A morte de Mercury foi um desses dramas que provocam um autêntico choque na opinião pública. Aquele homem tinha encarnado todo um mundo, toda uma época. Com a morte de Mercury, Farrokh Bulsara é que seria enfim liberado", arremata o autor.

FREDDIE MERCURY
Selim Rauer. Editora
Planeta. 320 páginas.
R$ 49,90.

O monge

Mesa

Fidel Castro: As loucuras de nossa época


As loucuras de nossa época


Não há outra saída senão chamar as coisas por seus nomes. Aqueles que conservam um mínimo de sentido comum podem observar, sem grande esforço, quão pouco resta de realismo no mundo atual. Quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi indicado para o prêmio Nobel da Paz, Michael Moore declarou: "agora seja digno dele!".

Por Fidel Castro, no Granma


Não há outra saída senão chamar as coisas por seus nomes. Aqueles que conservam um mínimo de sentido comum podem observar, sem grande esforço, quão pouco resta de realismo no mundo atual. Quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi indicado para o prêmio Nobel da Paz, Michael Moore declarou: "agora seja digno dele!".

Muitas pessoas gostaram do engenhoso comentário pela agudeza da frase, embora muitos não vissem outra coisa na decisão do Comitê norueguês além de demagogia e exaltação à aparentemente inofensiva politicagem do novo presidente dos Estados Unidos, um cidadão afro-norte-americano, bom orador e político inteligente, à frente de um império poderoso envolvido numa profunda crise econômica.

A reunião mundial de Copenhague estava prestes a acontecer e Obama despertou as esperanças de um acordo vinculante, no qual os Estados Unidos se somariam a um consenso mundial para evitar a catástrofe ecológica que ameaça a espécie humana. O que lá aconteceu foi decepcionante, a opinião pública internacional foi vítima de um doloroso engano.

Na recente Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança Climática e Direitos da Mãe Terra, realizada na Bolívia, foram expressas respostas cheias da sabedoria das antigas nacionalidades indígenas, invadidas e virtualmente destruídas pelos conquistadores europeus que, em busca de ouro e riquezas fáceis, impuseram durante séculos suas culturas egoístas e incompatíveis com os interesses mais sagrados da humanidade.

Duas notícias recebidas ontem expressam a filosofia do império tentando fazer com que acreditemos em seu caráter "democrático", "pacífico", "desinteressado" e "honesto". Basta ler o texto dessas informações procedentes da capital dos Estados Unidos.

"Washington, 23 de abril de 2010.— O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, avalia a possibilidade de desenvolver um arsenal de mísseis com ogivas convencionais, não nucleares porém capazes de atingir alvos em qualquer lugar do mundo em aproximadamente uma hora e com capacidade explosiva potentíssima".

"Se, por um lado, a nova superbomba, montada em mísseis do tipo Minuteman, não terá ogivas atômicas, por outro, sua capacidade de destruição será equivalente, tal como confirma o fato de que sua dispersão está prevista no acordo START 2, assinado recentemente com a Rússia".

"As autoridades de Moscou reclamaram e conseguiram fazer figurar no acordo, que para cada um destes mísseis, os Estados Unidos deve eliminar um de seus foguetes providos de ogivas nucleares".

"Segundo as notícias do New York Times e da rede de televisão CBS, a nova bomba, batizada PGS (Prompt Global Strike) deverá ser capaz de matar o líder de Al Qaeda, Ossama Bin Laden, em uma gruta do Afeganistão, destruir um míssil norte-coreano em plena preparação ou atacar um silo nuclear iraniano, ‘tudo isso sem trespassar o umbral atômico’".

"A vantagem de dispor como opção militar de um arma não nuclear, que tenha os mesmos efeitos de impacto localizado de uma bomba atômica é considerada interessante pelo governo de Obama".

"O projeto foi colocado inicialmente pelo predecessor de Obama, o republicano George W. Bush, mas foi bloqueado pelos protestos de Moscou. Tendo em conta que os Minuteman também transportam ogivas nucleares, as autoridades de Moscou disseram que era impossível estabelecer que o lançamento de um PGS não fosse o início de um ataque atômico".

"Contudo, o governo de Obama considera que pode dar à Rússia ou à China garantias necessárias para evitar mal-entendidos. Os depósitos dos mísseis da nova arma serão instalados em lugares distantes dos depósitos de ogivas nucleares e poderão ser inspecionados periodicamente por especialistas de Moscou ou de Pequim".

"A superbomba poderia ser lançada com um míssil Minuteman, capaz de voar através da atmosfera à velocidade do som e carregando quinhentos quilos de explosivos. Equipamentos ultrasofisticados permitirão ao míssil largar a bomba e fazer com que caia com extrema precisão nos alvos escolhidos".

"A responsabilidade do projeto PGS — com um custo estimado de US$ 250 milhões, somente em seu primeiro ano de experiências — foi encarregada ao general Kevin Chilton, que tem sob seu comando o arsenal nuclear norte-americano. Chilton explicou que o PGS cobrirá um buraco no leque de opções com que o Pentágono conta atualmente".

"'Neste momento, podemos atacar com armas não nucleares qualquer recanto do mundo, em um espaço de tempo não menor a quatro horas’, disse o general. ‘Para uma ação mais rápida — reconheceu — contamos somente com opções nucleares’".

"No futuro, com a nova bomba, os Estados Unidos poderão atuar rapidamente e com recursos convencionais, tanto contra um grupo terrorista quanto contra um país inimigo, em um período ainda mais curto e sem provocar a ira internacional pelo emprego de armas nucleares".

"Prevê-se que os primeiros testes começarão em 2014, e que, em 2017 estaria disponível no arsenal estadunidense. Obama já não estará no poder, no entanto, a superbomba pode ser a herança não nuclear deste presidente, que obteve o prêmio Nobel da Paz."

"Washington, 22 de Abril de 2010. — Uma nave espacial não tripulada da Força Aérea dos Estados Unidos descolou nesta quinta-feira na Flórida, em meio de um véu de segredo sobre sua missão militar".

"A nave-robô espacial, X-37B, foi lançada de Cabo Cañaveral mediante um foguete Atlas V, às 19h52 locais (23h52 GMT), segundo um vídeo distribuído pelo exército".

"’ O lançamento é iminente’, disse à AFP o major da Força Aérea, Angie Blair".

"Parecido com uma nave espacial em miniatura, o avião tem 8,9 metros de comprimento e 4,5 metros de envergadura".

"A fabricação do veículo espacial reutilizável demorou anos e o exército tem dado poucas explicações sobre seu objetivo ou seu papel no arsenal militar."

"O veículo está desenhado para ‘proporcionar o meio ambiente de um ‘laboratório em órbita’, a fim de testar novas tecnologias e componentes antes que estas tecnologias sejam designadas a programas de satélites em funcionamento’, disse a Força Aérea em um comunicado recente".

"Alguns funcionários informaram que o X-37B aterrisará na base da Força Aérea Vandenberg, na Califórnia, mas não disseram quanto durará a missão inaugural".

"’Para ser honestos, não sabemos quando voltará’, disse esta semana aos jornalistas o segundo subsecretário de programas espaciais da Força Aérea, Gary Payton".

"Payton assinalou que a nave poderia permanecer no espaço até nove meses".

"O avião, fabricado pela Boeing, começou como um projeto da agência espacial estadunidense (NASA), em 1999, e depois foi transferido à Força Aérea, que visa o lançamento de um segundo X-37B em 2011."

Será que é necessária mais alguma coisa?

Hoje existe um colossal obstáculo: a mudança climática já irreversível. Faz-se referência ao inevitável aumento de calor em mais de dois graus centígrados. Suas conseqüências serão catastróficas. A população mundial em apenas 40 anos aumentará em dois bilhões de habitantes, e atingirá a cifra de nove bilhões de pessoas, nesse breve tempo.

Cais, hotéis, balneários, vias de comunicação, indústrias e instalações próximas aos portos, ficarão sob a água em menos tempo do que se precisa para desfrutar a metade de sua existência uma geração de um país desenvolvido e rico, que hoje, de maneira egoísta, se recusa a fazer o menor sacrifício para preservar a sobrevivência da espécie humana. As terras agrícolas e a água potável diminuirão consideravelmente. Os mares ficarão poluidos; muitas espécies marinhas deixarão de ser consumíveis e outras desaparecerão. Isto não é afirmado pela lógica, mas sim pelas pesquisas científicas.

O ser humano conseguiu incrementar, através da genética natural e da transferência de variedades de espécies de um continente para o outro, a produção por hectare de alimentos e outros produtos úteis ao homem, que aliviaram durante um tempo a escassez de alimentos como o milho, a batata, o trigo, as fibras e outros produtos necessários. Mais tarde, a manipulação genética e o uso de fertilizantes químicos contribuíram também para a solução de necessidades vitais, porém estão chegando ao limite de suas possibilidades para produzir alimentos sadios e aptos para serem consumidos.

Por outro lado, em apenas dois séculos estão se esgotando os recursos do petróleo, que a natureza demorou 400 milhões de anos em formar. Do mesmo modo, esgotam-se os recursos minerais vitais não renováveis dos quais precisa a economia mundial. Por sua vez, a ciência criou a capacidade de autodestruir o planeta várias vezes em questão de horas. A maior contradição em nossa época é, precisamente, a capacidade da espécie para se autodestruir e sua incapacidade para se governar.

O ser humano conseguiu aumentar as possibilidades de vida até limites que ultrapassam sua própria capacidade de sobreviver. Nessa batalha, consome aceleradamente as matérias-primas ao alcance de suas mãos. A ciência tornou possível a conversão da matéria em energia, como aconteceu com a reação nuclear, ao custo de enormes investimentos, mas não se vislumbra sequer a viabilidade de converter a energia em matéria.

O gasto infinito dos investimentos nas pesquisas pertinentes vem demonstrando a impossibilidade de conseguir em umas poucas dezenas de anos o que o universo demorou dezenas de bilhões de anos em criar. Será necessário que o menino pródigo Barack Obama nos explique? A ciência cresceu extraordinariamente, mas a ignorância e a pobreza também crescem. Por acaso, alguém pode demonstrar o contrário?

Fidel Castro
25 de Abril de 2010

Fonte: Granma

www.vermelho.org.br

domingo, 25 de abril de 2010

NA ARGENTINA

REABILITAÇÃO DE PADRE CÍCERO


REABILITAÇÃO DE PADRE CÍCERO

Vaticano mantém silêncio



Comissão de caririenses liderada pelo bispo dom Panico, na Praça São Pedro, no Vaticano, durante viagem em defesa da reabilitação do Padre Cícero
FOTO: ANTÔNIO VICELMO


Em setembro do ano passado, papa Bento XVI prometeu acelerar a análise do processo de reabilitação do Pe. Cícero

Juazeiro do Norte Quatro anos depois da entrega do processo de reabilitação do Padre Cícero na Congregação para a Doutrina da Fé, o Vaticano mantém-se em silêncio. A demora no julgamento reacende a polêmica em torno do nomeado "Cearense do Século".

"Roma é eterna. Aqui tudo é demorado". Com esta frase, o bispo da Diocese do Crato, dom Fernando Panico, colocou uma ducha de água fria no entusiasmo do grupo de romeiros, entre os quais o então prefeito de Juazeiro, Raimundo Macedo; o presidente da Câmara Municipal, José de Amélia Junior; e alguns vigários da Diocese do Crato, que acompanharam o bispo na entrega da documentação, solicitando, ao cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Josef William Levada, a reabilitação de Padre Cícero.

A advertência de dom Fernando aconteceu no dia 31 de maio de 2006, no interior do ônibus que conduzia a comitiva de 52 romeiros do Cariri do hotel para o Vaticano. Os mais entusiasmados como o prefeito Raimundo Macedo, que atravessou a Praça de São Pedro com uma caixa de documentos na cabeça em direção ao antigo Santo Oficio, esperavam voltar ao Brasil com uma resposta positiva sobre a reabilitação do Padre Cícero.

Quatro anos depois, o Vaticano se mantém em silêncio. Em setembro do ano passado, quando da visita "ad límina" dos bispos do Nordeste ao Vaticano, o Papa Bento XVI, segundo dom Fernando, prometeu mandar acelerar a análise do processo de reabilitação. O padre Francisco Roserlândio de Souza, coordenador do Departamento Histórico Diocesano Padre Antônio Gomes de Araújo, diz que a única novidade sobre o assunto é a presença de um escritor americano que inicia, esta semana, uma pesquisa sobre o processo de reabilitação.

O então Papa João Paulo II, de acordo com o escritor Geraldo Barbosa, foi bastante objetivo, quando em visita ao Brasil, ao dizer que "o Brasil precisa de Santos". "A vida religiosa do (padre) Cícero Romão Batista foi florescente de virtudes e doações a Jesus Cristo, num apostolado que ainda hoje registra uma nação cristã romeira de 80 milhões de devotos. Nunca o Brasil testemunhou um líder cristão de tamanho poder espiritual e humano", justifica o entrevistado ao defender uma definição sobre o processo de reabilitação que tramita no Vaticano há mais de um século, uma vez que foi o próprio Padre Cícero que pediu o perdão da Igreja.

O escritor cearense e autor do livro "Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão", Lira Neto, lembra que, para o Vaticano, a veneração ao Padre Cícero tem se tornado ainda mais eloquente diante da constatação de que, a cada ano, o catolicismo perde milhares de adeptos no Brasil.

Segundo cálculos da própria Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a sangria de fiéis é considerada alarmante. O País continua a ser "a maior nação católica do mundo". Mas a última década assistiu à queda vertiginosa no percentual de católicos brasileiros, enquanto outras religiões se multiplicam em idêntica proporção. Deixar que o culto ao Padre Cícero permanecesse à margem da liturgia significa, na interpretação de Lira Neto, negar o acolhimento pastoral a toda uma preciosa legião de devotos.

Acusações

O escritor cearense recorda, por outro lado, que o Vaticano não desconhece as graves acusações históricas que recaem sobre padre Cícero Romão Batista. Elas não são poucas. Quando reunidas, constituem notórios obstáculos à ideia de anistiar, "post-mortem", as penas que foram impostas ao padre, em vida, pelo Tribunal do Santo Ofício.

A primeira incriminação que incide sobre Cícero é a de ter sido um mistificador, um aproveitador das crenças do povo mais simples, um semeador de fanatismos. "Homem de ideias religiosas pouco ortodoxas, leitor de autores místicos, dado a ver almas do outro mundo e defensor de milagres não endossados pelo Vaticano, Cícero estaria mais próximo da superstição do que da fé", disseram dele os muitos adversários que colecionou no meio do próprio clero.

Decorre daí, acrescenta Lira Neto, outra incriminação, ainda mais incisiva: "a de que nas vezes em que fora repreendido por seus superiores eclesiásticos agira como um rebelde e caíra em desobediência". Na rígida hierarquia clerical, desobedecer a um superior constitui pecado gravíssimo. Almas indóceis à autoridade de bispos e cardeais não vão para o Céu, assim determina a lei da Igreja.

A constante proliferação de seitas e templos protestantes, em Juazeiro do Norte, segundo Geraldo Barbosa, pode ser motivada pelo silêncio de Roma, em não decidir sobre a reabilitação sacerdotal de Cícero Romão Batista, num processo que já começa a caducar. Os católicos sentem-se esquecidos.

Barbosa destaca que "provavelmente a CNBB, que tem interesse nessa solução, já percebeu que o povo brasileiro tem o Padre Cícero entronizado no seu coração como santo. Sua reabilitação, pela Santa Sé, seria um ato burocrático justo, que bem poderia ter evitado essa atual multiplicação das seitas, pelo menos no Nordeste.

Romarias

As romarias não são mais redutos exclusivos da Igreja Católica. O grupo protestante Jovens Com Uma Missão (Jocum) realiza um trabalho missionário entre os romeiros desde 1998 que consiste na distribuição de água, "sopão" nas madrugas, teatro infantil e adulto, concentrações noturnas nas praças e música regional intercaladas com mensagens evangélicas, utilizando uma linguagem acessível ao romeiro.

A disputa religiosa em torno da fé dos romeiros gerou uma "guerra santa regional" entre católicos e evangélicos. Em uma de suas homilias, dom Fernando criticou o modelo de evangelização de setores protestantes. Enquanto a Igreja Católica caminha a passos lentos no julgamento do processo de reabilitação do Padre Cícero, outras religiões avançam celeremente na conquista de espaços no terreiro do Padre Cícero.

O escritor Geraldo Barbosa também critica essa demora no processo de reabilitação de Padre Cícero. Ele teme que essa demora seja fator para que o Catolicismo perca sua força e poder sobre a fé dos milhares de cristãos. O escritor acrescenta que "a mudança dos tempos está a exigir da Igreja Católica, tanto no Brasil como no mundo cristão, uma busca de equilíbrio que possa competir com o eletromagnético da Internet, destituindo o ser humano de sentir a presença do Espírito e da Luz Divina nas suas vidas. O computador é o novo senhor dos povos modernos".

Na interpretação do escritor, "a Igreja Católica, em Roma, passa por momentos difíceis nas denúncias do clero mundial, em declínio moral e religioso, até então impunes. Sente-se a ausência do abraço maternal da Santa Madre Igreja Católica".

O que eles pensam
A fé resiste às intempéries

Decorridos quatro anos da entrega do pedido de reabilitação eclesial de Padre Cícero, a gente percebe que seus devotos não só de Juazeiro, mas de todo o Brasil, estão perplexos com a demora. O bispo dom Panico tenta amenizar a decepção dos devotos informando que as coisas em Roma são devagar, mas isso pouco consola, pois o que todos querem mesmo é ver o Padim reabilitado. Como é possível a Igreja Católica ficar tão passiva diante das evidências emanadas do fenômeno Padre Cícero?

Daniel Walker
escritor e historiador

Há muitos anos que nós esperávamos uma revisão do caso Padre Cícero, com a reabertura de seu processo junto à antiga Sagrada Inquisição Romana. O que foi estimulado mais recentemente pela Sagrada Congregação da Doutrina da Fé nos encheu de ânimo. Nossa ansiedade sobre como virá esta decisão é muito grande. Não será a conjuntura atual vivida pela Igreja, seja no mundo, seja em Juazeiro do Norte. O romeiro, devoto do Padre Cícero, é paciente. Tem uma fé inquebrantável.

Renato Casimiro
pesquisador

sábado, 24 de abril de 2010

ROGEL SAMUEL: A HISTÓRIA DOS AMANTES 2














Uma tarde, nela atravessávamos a luz, andávamos pela rua daquele subúrbio, o bairro, silenciosos, graves, gravemente subimos o aclive, os passos, resumimos nossas conversas a um leve contato, leve toque dos dedos, ocasionais, toque rápido, cheio de emoção e felicidade. Mas a vida não, mas a vida não é um brinquedo. Não consigo saber o que se passou, as recordações recortam imagens irrecuperáveis. Tento compreender. O que acontecia naquele momento, naquele passar de sua presença inteira, fixa, na minha frente - de uma existência - o passado como tela de cinema implantado no olho da memória. A vida não pára, não parou. Não chego ao desespero, ao estranho relacionamento que tenho, hoje, com o que hoje sou. O presente aqui não é nem alegre, nem triste. Tenho de começar devagar.
Certo dia, quando aciono, quando acordo, o teto do quarto com uma coloração rósea, a janela aberta dá para um labirinto em que o olhar ostenta mover-se, e que se Val desdobrando em abstrata claridade, a fragrância marinha emanando suave, fria, perfumada, vinda do horizonte, a janela respirava... Entrava, quase imperceptível, um som, aquele som, um murmúrio, doce, azulado, como o mar. As pessoas amigas me tinham recomendado calma. Mas eu não consigo. Lembro-me ainda das retas cruzes das ruas da cidade indiferente. Vista do alto prédio, a cidade. Foi naquela madrugada que a sentença me chegou, forte, perfeita, correta, aterradora como a de um assassino: Val. Era ela. Val me abandonava. As persianas batem, fortes, nervosas. As roupas por cima da cama, acordava do sonho do meu amor desfeito. O amor, como uma bala, passava de boca em boca. Se espalhava. Eu sofria a angústia, a queda. O amor é um mar. Cheiro familiar de café. Um pente um espelho. Eu penso. Matar o meu sonho. Não, Val. Eu tinha soluções. Alguns homens formavam grupo no ângulo da esquina, e ela... ah, súbita felicidade da totalidade!... agora nós estávamos na praça. Na orla da praia eu subia até um pedestal vazio, que chegava à cabeceira do tanque retangular, e no ar abria os braços, espalmava as mãos, feliz, e ainda me consigo ver. De lá dizia, de lá me recordava de mim mesmo, eu para mim agora, a um majestoso e largo mar que soava no ar com a clara voz de Val, com todas as claras vozes daquele tempo, a aragem crescendo no meio de tudo, infiltrando-se na camisa aberta, os seios nus.
Nada me prende mais, hoje, do que a demora do passado no momento presente, esse momento interior imensurável, onde às vezes a força dos instantes retardam os passos do passado para sempre. Às vezes, como num sonho, largo pesado sonho estirado, os momentos são assim inteiramente vivos, inesperados. Neles me movo, me reconstruo, me recomeço. Em frente. Naquela praia nós nos largávamos, era como se durante a vida toda estivéssemos ali. Na areia suave, como se as lembranças estivessem inteiramente nuas. Visto de hoje o mar, vedação alta e azul, as coisas vastas, as coisas em bloco, as coisas se dissolviam em explosões de brancas espumas, cristas, covas, límpidas cintilações coriscantes.







Ainda estou perdido, perplexo. Ainda me movo mal nesse espaço. Ela. Ela penteia os cabelos, diante do espelho, os ombros largos. Muitos anos se passaram diante da imagem de Val, naquele espelho. Era ali, a sua viagem, uma viagem de barco, ela, os cabelos muito soltos no convés, chovia quase todo tempo, interminável ruído da chuva, a chuva nascia da ondulação das dobras do lençol de chuva azul, ou verde, nós riamos, recebíamos de face as espetadelas gélidas das gotas do ar. Isso é tudo? Durante todo o tempo em que vivemos juntos, parece hoje, por uma misteriosa deformação mágica, que todas as tardes são sua presença, de seu mar, onde sempre se ouvem ondas, onde as luzes, os sóis se impunham, juvenis, um elemento, alto, magro, qual garça branca, andando atrás da pedra, do deserto, entre o carro e um adorno, uma corrente, ele se precipitava entre as coisas da memória, se encostava ao cimento do muro. Aqui, Val aqui, atrás o seu ciúme, conectando com o que se refere, com tudo o que... bombas (anos depois os soldados invadem o prédio, rebentam no meio da sala cruelmente as bombas, eu procurava Valquíria entre os acontecimentos tumultuosos, estávamos encurralados ali, não conseguimos sair daquilo, não há nenhum telefone funcionando). Esse amor. Tenho de deixar sossegado? Posso iludi-lo com amenidades? Eu sempre penso em matar minha lembrança, meu passado. Ele estaria morto finalmente se eu não o estivesse revirando agora.

EM CHAMAS





Publicado em Nuernberger Zeitung, published in Nurnberg, Germany

Pesquisadores alemães criam carro dirigido pelo olhar




Pesquisadores alemães criam carro dirigido pelo olhar




BERLIM (AFP) - Um veículo dirigido apenas com o olhar é possível, segundo um protótipo desenvolvido por uma universidade alemã, batizado de "Spirit of Berlin", que fez testes de direção nesta sexta-feira, na pista do aeroporto de Tempelhof, no sul da capital alemã.


Trata-se de um pequeno ônibus da marca Dodge adaptado pela Universidade Livre de Berlim (FU, da sigla em alemão) para ser dirigido unicamente com o olhar, sem que as mãos tenham de tocar o volante.


O protótipo deu voltas na pista do aeroporto alemão desativado. "Esse tipo de veículo está proibido nas vias de circulação normais", disse Raúl Rojas, de origem mexicana, especialista em informática e diretor do departamento de "inteligência artificial" que desenvolve essa tecnologia.


Seu colega, que ocupou o lugar do motorista, usou um capacete dotado de uma câmera que foca os olhos. O mínimo movimento é transmitido ao computador que o transforma em impulso enviado à direção do veículo.


Cheio de receptores, cabos e processadores, o veículo é inclusive capaz de perdoar uma eventual falta de atenção do motorista, já que se não houver nenhuma curva no lugar para o qual a vista foi desviada, o automóvel anula a ordem de girar.


Batizado de "Spirit of Berlin", essa pequena joia tecnológica, com custo em torno de 150.000 euros, é "um passo rumo ao carro sem motorista", explica Rojas, que chegou a Berlim há 27 anos.


O departamento de "inteligência artificial" da FU de Berlim está, assim como as universidades americanas de Stanford e de Carnegie Mellon, na liderança das pesquisas neste setor, explica.


Mas a produção em massa desse veículo ainda está longe de ocorrer. Para isso, serão necessários de 20 a 30 anos para que a tecnologia amadureça e para que os veículos sejam autorizados pela legislação, conclui Rojas.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

MONGES SÃO EXPULSOS DO LOCAL DO TERREMOTO





PUBLICADO EM

The Japan Times, published in Tokyo, Japan

FESTA EM MACAU











FOTO DE Macau Daily Times, published in Macau, China

TERREMOTO NO TIBET














2183 mortos foram confirmados absolutamente, 256 desaparecidos e 12.128 feridos,
dos quais 1.424 feridos severamente, e mais de 10.000 são deixados desabrigados.
Muitos acreditam que o número de mortos e os números de ferido deve ser muito mais elevados do que
se sabe.

Nesta época do ano, a temperatura em Yushu baixa frequentemente para -25 graus Celsius; sob estas
circunstâncias de congelação, muitos povos permanecem presos sob os entulhos, enquando milhares estão
ainda sem necessidades básicas.

Monges tibetanos encontram-se fora de seu mosteiro
















Monges tibetanos encontram-se fora de seu mosteiro

Monges tibetanos encontram-se fora de seu mosteiro destruído em Jiegu, Condado YushuNa província de Qinghai, Noroeste da China, em 20 de Abril. (AFP /Getty Imagens)


Em 20 de abril marcou o sétimo dia desde que um terremoto atingiu YushuNo oeste da China, matando milhares de pessoas. O chão está coberto de neve, e de acordo com a tradição tibetana, o sétimo dia após a morte é um momento importante para lembrar os mortos. Em Gesar Plaza, os tibetanos realizaram uma cerimônia em que monges e lamas recitam sutras. (Imagem e do artigo do Tibet House / Barcelona)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A HISTÓRIA DOS AMANTES 1


















A HISTÓRIA DOS AMANTES



Rogel Samuel





Nós nos despedimos na última luz de uma serena tarde do mês de maio de 1964 - vinte e um dias depois do golpe militar - e de lá partimos para Cabo Frio onde um barco alugado nos esperava no cais do canal - entretanto choveu persistentemente durante quase toda aquela nossa viagem de lua de mel ("onda de mel", contava Val; "luz de mel", corrigia eu) e Val relatava que naquelas vagas pelo resto de nossas vidas ouviríamos aquela música da ventania nos nossos ouvidos, a chuva, e nos afogaríamos naqueles golfões do sentimento mole e maciço do fundo do mar de nós mesmos, porque era aquela sensação de claridade no meio daquela chuva no espaço do mar, naquele espaço verde por onde o barco penetrava como num labirinto selvagem, e onde nos introduzíamos num horizonte desconhecido e invisível - Val nua no convés: e assim que ainda a vejo hoje cantar aquela canção de amor daqueles heróicos tempos de mar e de vendaVals roqueiros que eu ouvia - tentando avançar com cautela por esta pormenorizada narração - e para tornar o rumo de mais seguro porto devo dizer que naquela época a situação nos colocava no pátio do paraíso que eu não divisava bem, um furo, algo significante e que tem força decisiva: porque aquela minha temporada com Val me deixava radiante, me empurrando para a glória de mim mesmo, a brisa corrente que nos trazia de volta como se lancha fosse um veleiro e nos conduzisse pelo mar - ficamos no hotel, o colo cheio dos jornais sobre o golpe, a beber um coquetel de frutas sobre as notícias, as notícias cada vez mais terríveis, mas os olhos de Val recolhiam os reflexos daquele mar com sua superioridade lunar e esmeralda, ela mais parecia uma Marilyn Monroe morena naquele tempo, dourada, a vida toda simulava ali estar em sua homenagem - e no dia seguinte de lá partimos para Búzios, a camisa branca, larga feito uma bandeira de sol luminosa, meio ávida, adejava, o tórax à mostra sobre a curva da anca suave, os homens se surpreendiam de vê-la tão loura, tão artificialmente loura e límpida que nem parecia que comigo estivera ressonando levíssima no seu leitoso perfume depois de se debater no gozo selvagem dos seus sonhos nos meus ombros durante a noite anterior: o veículo saía soprado pela mágica do vento e nós íamos para a casa de Búzios emprestada de um amigo meu - passamos velozes pela ponte do canal (Val dirigia) e ao longo da estrada litorânea se ouvia a areia da estrada de terra batida na fuselagem enquanto minha mão se introduzia por entre as suas coxas.



À tarde entramos naquele mar, completamente despidos como se vestíssemos um verde vivo e com alegria dei uns tiros com o revólver de Val que estava no porta-luvas, herança do pai dela, estourando uma garrafa de cerveja - mas logo tivemos de nos vestir, pois vinha chegando um garoto, quase criança, com um cão solto que corria.



Foi somente quando me deitei na areia que os vi: largos, na espuma da rebentação branca, o sol se rebelando nas gaivotas de vôo rasante como aviões em combate de bandos ruidosos: eram três jovens, e estavam na crista das ondas do horizonte provável.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Papa exausto









Irish Independent, published in Dublin, Ireland

domingo, 18 de abril de 2010

TERREMOTO NO TIBET













ENTERRANDO SEUS MORTOS

Monge lança um kata

Dongguan Times, published in Guangzhou, China


click para ampliar


Na região autônoma de Qinghai fica o Monastério Thrangu, a cinco quilômetros da cidade de Jyekundo, província de Yushu. Da capital da província, Xining, até lá são 800 quilômetros em uma árdua jornada que não dura menos de 12 horas , mas que cruza algumas das paisagens mais belas do planeta, intocadas pela civilização moderna. As montanhas majestosas e os lagos de um azul turquesa profundo do planalto tibetano são também a origem de três grandes rios da Ásia: o Amarelo, o Yangtsé e o Mekong.
Ali, no século VII, a princesa chinesa Wen Cheng se casou com o rei tibetano Tsongtsen Gampo, e mandou construir o monastério, que chegou a ter 10 mil monges residentes. Desde então, segundo a tradição budista tibetana, seus principais professores vêm reencarnando repetidas vezes para manter vivos os ensinamentos e as tradições.
Ao longo de sua história de 1300 anos, o Monastério Thrangu já foi destruido duas vezes. A primeira foi há 245 anos, por um grande terremoto, e daquela vez como agora o templo principal não foi destruido. Na época pensou-se em reconstruí-lo em outro local, mas a decisão final foi de mantê-lo lá mesmo e ele ganhou o título de "vitorioso sobre os obstáculos dos quatro elementos". A segunda vez foi durante a Revolução Cultural, arrasado pela Guarda Vermelha – a permissão para reconstruir só veio em 1982. A partir daí, um enorme esforço para a reconstrução foi feito por monges e pela escassa população da região de Jyekundo. Até o terremoto, além do monastério, ali funcionava também uma universidade de filosofia e lógica, um centro de retiro e uma escola primária para jovens. Duzentos e cinquenta monges e 65 crianças moravam no local.
O número de mortos no monastério passa de 40, mas há dezenas de monges desaparecidos.

Khenpo Karthar Rinpoche Speaks About the Earthquake

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Uma mensagem do Venerável Khenchen Thrangu Rinpoche



Há muitos desastres provocados pelos quatro elementos – terremotos, incêndios florestais, ventanias e turbulência marítima – e com eles vêm também males e doenças. Em tempos assim, devemos ser cuidadosos e praticar o Dharma o máximo que pudermos.



Jyekundo, no Tibete, é uma região pequena com população escassa, mas é um local onde vivem muitos tibetanos e há muitos monastérios. No Monastério Thrangu, em Jyekundo, muitos lamas e monges – tanto os que estão fora como os que estão lá – colocaram imensos esforços durante longos anos. Esses esforços não foram apenas externos; foram também em termos de prática espiritual. Em termos de estudo e contemplação, foi fundada uma universidade monástica. Ela cresceu gradualmente e formou um corpo de estudantes e estudiosos, que são a fundação dos ensinamentos. Também foi construida uma escola primária para jovens estudantes.



Para a meditação, foi feito um centro de retiros para a prática das Seis Iogas de Naropa, onde monges se dedicam à prática. Outro centro de retiros para a prática de deidades que purificam os reinos inferiores, Sarvavid Vairocana and o proteror Akshobia, foi reformado e monges em retiro fazem suas práticas. Um centro de retiros de Mahakala foi construido durante a época do Karmapa Thekchok Dorje (1798-1868) e abriga uma estátua de Mahakala. Ali, práticas diárias têm sido feitas há muitas gerações. Além disso, havia um grande templo novo, onde eram feitas práticas diárias.



Agora esse terrível terremoto atingiu Jyekundo, Qinghai, e essas estruturas ruiram. Além disso, muitos monges morreram. É uma grande tragédia e um grande obstáculo. Por favor, pensem nisso e façam orações por todos os que se foram. Se vocês acumularem mérito ajudando no resgate e na restauração, poderão beneficiar o mundo em geral e, em particular, prevenir contra o desaparecimento do Dharma. É importante que a linhagem de ensinamentos e práticas não decline: sem uma linhagem de ensinamentos e práticas, o Dharma perecerá.



Algumas pessoas podem pensar que templos e monastérios não são muito importantes.



Há, no entanto, os seres sencientes transitórios e o meio ambiente duradouro. Com relação aos seres sencientes, pode haver muitos durante um tempo, inclusive grandes estudiosos e meditadores. Grandes lamas podem surgir. Pode haver muitos membros na Sangha, mas, assim como a água corre rio abaixo, cinquenta, sessenta, setenta ou oitenta anos depois eles estarão mortos e surgirá uma nova geração. Quando isso acontecer, mesmo que haja uma forte linhagem de Dharma na geração anterior, não sabemos ao certo se ela continuará na geração seguinte.



A maneira pela qual uma linhagem pode continuar de geração a geração é ter um meio ambiente adequado e estável. Quando há o ambiente de um monastério com um templo, um centro de retiros e uma universidade monástica, então, por causa do local, a Sangha, grandes lamas e grandes meditadores podem morrer, mas sua atividade terá continuidade e estará sempre presente.



Por isso é fundamental a restauração de monastérios. Se monastérios se tornarem ruinas, o meio ambiente também se deteriora e os moradores gradualmente desaparecem. O Budismo não será capaz de se manter durante muito tempo nesse mundo. Mas se um monastério segue existindo, grandes lamas e seus professors podem exercer, durante todas as suas vidas, vasta atividade pelo Dharma. Um grupo de estudantes se reunirá; os lamas ensinarão os estudantes e todos praticarão. Aos poucos, os estudantes vão passar a primeira parte de suas vidas estudando e praticando o Dharma e a última parte mantendo, protegendo e difundindo o Budismo. Quando essa geração se for, uma nova geração pode continuar seu trabalho, mantendo, protegendo e difundindo os ensinamentos, que se manterão vivos. Por isso templos e Sangha são tão importantes.



Se patrocinadores puderem fazer contribuições e ajudar de maneira modesta ou grande, será maravilhoso. Nós passamos esta vida acumulando riquezas e bens e algumas vezes isso pode ser significativo, mas outras vezes pode haver o risco que isso se torne o palco de conflito e disputa. Por essa razão, eu peço a todos os leais benfeitores que ajudem da maneira que puderem.



—Khenchen Thrangu Rinpoche








sábado, 17 de abril de 2010

TERRÍVEL TERREMOTO NO TIBET











Terrível terremoto

Rogel Samuel

A media continua a dizer, a chamar o Tibet de China. É um erro. É isso que a China quer: naturalizar a invasão a ocupação territorial de um pais de uma nação chamada Tibet, cujo rei é o Dalai Lama.

Cultura antiquíssima. O Tibet deu tudo para a Humanidade: o budismo em estado puro.

Agora trágico terremoto destrói completamente o mosteiro de um dos meus gurus: Thrangu Rinpochê, que já esteve duas vezes no Brasil.

Thrangu Rimpochê mantém um abrigo de menores pobres em Kathmandu, Nepal. É o professor de S. S. Karmapá.

Dor e lamentação. Grande dor profunda.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O GRANDE VULCÃO


United Daily News, published in Taipei, Taiwan

O GRANDE VULCÃO EUROPEU


The Wall Street Journal Asia, published in Hong Kong, China

Vinicius de Moraes


O HAVER


Vinicius de Moraes


Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai! eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo que existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir na madrugada passos que se perdem sem memória.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de sua inútil poesia e de sua força inútil.

Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa tola capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem de comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será e virá a ser
E ao mesmo tempo esse desejo de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não têm ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante.

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
Na busca desesperada de uma porta quem sabe inexistente
E essa coragem indizível diante do grande medo
E ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer dentro da treva.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem história
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
Esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
E esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio
Pelo momento a vir, quando, emocionada
Ela virá me abrir a porta como uma velha amante
Sem saber que é a minha mais nova namorada
.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

TERREMOTO NO TIBET







VEJA EM:
http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/terremoto-na-china/


Na sequência de um terremoto de Kham, leste do Tibete (Qinghai moderno) em Quarta-feira 14 de abril de 2010 o Mosteiro de budismo tibetano Tashi Thrangu Choling foi completamente destruído.
O mosteiro era o lar de centenas de monges, leigos e crianças. Os primeiros relatórios indicam que pelo menos duzentas pessoas morreram como resultado do colapso dos edifícios.
Thrangu Tashi Choling é o assento do Venerável Thrangu Rinpoche, um Lama tibetano de grande compaixão e de renome, que trabalhou sua vida inteira para restaurar o mosteiro e proporcionar um centro para o benefício das populações locais e a população em geral.
A terrível notícia vem num momento em que esforços imensos estão sendo feitos para desenvolver o mosteiro, a proporcionar alojamento e criar um ambiente benéfico para todos os seres vivos.
Muitos dos habitantes do mosteiro, as pessoas que trabalharam incansavelmente para o benefício dos outros, infelizmente perderam suas vidas. Os sobreviventes estão em necessidade urgente de todo o tipo de assistência.
Representante de Thrangu Rinpoche no Reino Unido, Lama Wangyal, criou um fundo de emergência para ajudar no socorro. Doações podem ser feitas através do Rinpoche Thrangu Trust (organização de caridade registada 283921) por:
1) Cheque à ordem de: Thrangu Rinpoche Trust - O Fundo Mosteiro (de emergência).
2) Transferência bancária: Lloyds TSB, Thrangu Rinpoche Trust - O Fundo de Mosteiro para o Reino Unido - Ac Bank. N º 07536475, Código de classificação. 30-12-51
Para Internacionais - BIC: LOYDGB21317 - IBAN: GB59 LOYD 3.012 5.107 5.364 75
3) Pessoalmente em dinheiro: Tesoureiro: 07888700698

Por favor indicar claramente o seu nome e endereço de cada doação, e afirme que a doação é para ser usado para o esforço de emergência, no mosteiro.

Muito obrigado pelo vosso apoio espécie.

Para mais informações contacte o Thrangu House UK Office:
Telephone: O Reino Unidoffice - 44 (0) 1865 241555

Lama Wangyal 44 (0) 7796 521228,
Tesoureiro 44 (0) 7888 700698

O Reino Unidoffice FAX: 44 (0) 1865 241555

E-mail:

treasurer@thranguhouse.org.uk

Emergência Website:

http://www.thranguemergency.org

Endereço postal: Casa Thrangu, Rua 42 Magdalen, Oxford, OX4 1RB, Reino Unido.

Por favor, imprima e / ou circular este apelo a todos os seus contatos

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Joan Vinyoli


Joan Vinyoli



Vento vento solitário obscuro noturno infinito força obscura desta fruta de pedra do coração apaixonado
que não dá a sua flor, empedernido... (RS)







Vento de Outono, vento solitário,
Vento de noite,
Força obscura que se desprende
Do infinito e volta ao infinito,
Rodopia dentro de mim, conjura
Contra meu coração tua força,
Arranca de uma vez a casca
Do fruto que não madura.





Joan Vinyoli
(1914 – 1984)

Trad.: João Cabral de Mello Neto

ENVIADO POR AMELIA PAIS
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