DOS JOVENS GOLIARDOS
I
Que fim levara o sol dourando a espiga
das manhãs argentinas de meus ombros?
Que fim levara a polidez dos seixos
e a magia do riso entre os escombros?
Que fim levara a roupa do menino
seus cadernos suas penas seu tinteiro,
plumas de ganso ao fogo azul e branco,
pepitas de ouro e galo no terreiro?
Que fim levara a esguia namorada
e as chuvas regulares copas verdes,
chão coberto de mangas? Se este nada
era tudo e tão fundo e tão sublime
que nem toda a existência de palavras,
nem a vontade de morrer, exprime.
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