As rosas amo dos jardins de Adónis
Essas volucres amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem
Em esse dia morrem.
A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida um dia,
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que à noite antes e após
O pouco que duramos.
Ricardo Reis
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