Brigada de supercientistas para combater o fim do mundo
Muitos cientistas estão convencidos de que o desenvolvimento da tecnologia humana poderá em breve apresentar novos riscos de extinção, tanto para a espécie humana quanto para a totalidade do planeta
25 de Setembro de 2013 às 13:39
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Por: Equipe Oásis
Reunidos numa associação cujo nome parece o título de um romance de ficção científica – o Cambridge Centre for the Study of Existential Risk (http://cser.org/), Centro Cambridge para o estudo do risco existencial – o astrofísico Stephen Hawking, o astrônomo Martin Rees, o filósofo Huw Price e vários outros acadêmicos de mente brilhante e reconhecida fama internacional compilaram neste mês de setembro uma lista dos perigos que podem destruir o globo terrestre ou, pelo menos, os seus habitantes. Desse encontro surgiram algumas propostas de soluções que, implementadas, seriam capazes de evitá-los.
As preocupações desses grandes cientistas não são anódinas e muito menos destituídas de fundamento. O fim do mundo é uma hipótese real, sobretudo no que diz respeito ao fim da espécie humana sobre a Terra.
Vários são os fatores que podem conduzir a esse apocalipse. A lista começa com a inteligência artificial. Computadores e todo o séquito de funções de que são capazes atingiram hoje um nível tecnológico tão sofisticado a ponto de poder assumir o controle do mundo e, em seguida, decidir o extermínio dos humanos. O cineasta Stanley Kubrick já tinha imaginado uma situação do gênero em seu filme "2001 Odisseia no Espaço", mas as coisas agora poderiam acontecer em escala muito maior. Exagerado? Não, a possibilidade é real, sobretudo quando se sabe que entidades puramente matemáticas como os algoritmos decidem milhões de transações financeiras a cada segundo.
As coisas que nos ameaçam
A seguir, na lista, estão os ataques cibernéticos, uma onda de atentados terroristas digitais capazes de embaralhar absolutamente tudo, do fornecimento de energia às comunicações, dos transportes às redes de computadores. Logo depois a lista das ameaças cita-se o risco de uma infecção bacteriológica mundial, uma peste criada em laboratório que vá parar nas mãos de um louco niilista, um ditador sanguinário ou os comandantes de uma guerra civil fratricida. Há também a possibilidade de uma pandemia, o surgimento de um vírus resistente a todo antibiótico que nenhuma vacina poderá curar.
Outras ameaças para a humanidade aventadas nesse encontro de cientistas do Centro Cambridge: uma sabotagem da cadeia alimentar; condições atmosféricas extremas provocadas pelas mudanças climáticas, com consequentes inundações, furacões, terremotos; um ou mais asteroides que se chocam com a Terra; para encerrar, a sempre presente hipótese da guerra termonuclear, ou química, ou até mesmo convencional se combatida com a devida intensidade.
"Vivemos num mundo cada vez mais interconectado, cada vez mais tecnológico e dependente da web", afirma lord Rees, ex-presidente da Royal Society e um dos promotores do encontro. "A nós ocidentais o mundo atual pode parecer mais seguro do que jamais foi no passado, mas a verdade é que nosso mundo é muito mais vulnerável agora do que parece. E já que os líderes políticos estão concentrados apenas nos problemas de curto prazo, é necessário que alguém sugira à opinião pública internacional quais são os perigos mais realistas e com quais meios seria possível impedi-los".
Os cientistas do grupo de Cambridge não são, no entanto, pessimistas: permanecem otimistas, apesar de tudo, convencidos de que o homem dispõe de recursos para sobreviver e enfrentar qualquer ameaça. Mas ao mesmo tempo advertem que os riscos mais graves, para o nosso planeta, hoje não provêm do cosmos ou da natureza, mas sim da ação do próprio homem. "O fim do mundo não é um roteiro de cinema", adverte o astrônomo Rees. E o final feliz, diferente do que acontece nos filmes, depende dos espectadores. De todos nós.
Elenco dos atores do apocalipse:
A tecnologia inteligente – Uma rede de computadores poderia se tornar uma "mente" e utilizar seus recursos para atingir os seus próprios objetivos, às custas das necessidades humanas.
Os cyber ataques – As redes de energia, o controle do tráfego aéreo e das comunicações estão hoje sob o comando de sistemas de computadores interconectados. Se esses networks forem destruídos pela ação de terroristas, isso representaria o colapso da nossa sociedade.
O bioterrorismo – Um super vírus criado pelo homem ou uma bactéria escapada de um laboratório ou liberada por terroristas poderia causar a morte de milhões de pessoas.
A falta de alimento – Graças às mega redes de distribuição, muitas nações ocidentais possuem reservas de comida suficientes para 48 horas. Qualquer interrupção nos fornecimentos causaria revoltas populares e aquisições maciças ditadas pelo pânico.
O asteroide – O impacto de um grande asteroide com a Terra destruiria a espécie humana. Isso já ocorreu no passado remoto, causando, como tudo leva a crer, a extinção dos dinossauros.
O clima – Visto que a temperatura média da Terra continua subindo, poderemos chegar nas próximas décadas a um ponto crítico no qual os desastres naturais sofreriam uma piora irreversível.
As pandemias – Devido às viagens internacionais, um novo vírus assassino, surgido a partir de mutações genéticas de vírus animais, poderia se difundir em todo o mundo em poucos dias.
A guerra – O aumento das populações, sobretudo nos países pobres e nos em via de desenvolvimento, poderão esgotar as reservas de comida e de água potável. Para se apoderar dos bens necessários, muitas guerras poderiam ser desencadeadas.
O apocalipse nuclear – No caso do emprego da bomba atômica por um país, poderia ser desencadeado um conflito mundial. Ogivas nucleares poderiam cair nas mãos de terroristas.
Por: Equipe Oásis
Reunidos numa associação cujo nome parece o título de um romance de ficção científica – o Cambridge Centre for the Study of Existential Risk (http://cser.org/), Centro Cambridge para o estudo do risco existencial – o astrofísico Stephen Hawking, o astrônomo Martin Rees, o filósofo Huw Price e vários outros acadêmicos de mente brilhante e reconhecida fama internacional compilaram neste mês de setembro uma lista dos perigos que podem destruir o globo terrestre ou, pelo menos, os seus habitantes. Desse encontro surgiram algumas propostas de soluções que, implementadas, seriam capazes de evitá-los.
As preocupações desses grandes cientistas não são anódinas e muito menos destituídas de fundamento. O fim do mundo é uma hipótese real, sobretudo no que diz respeito ao fim da espécie humana sobre a Terra.
Vários são os fatores que podem conduzir a esse apocalipse. A lista começa com a inteligência artificial. Computadores e todo o séquito de funções de que são capazes atingiram hoje um nível tecnológico tão sofisticado a ponto de poder assumir o controle do mundo e, em seguida, decidir o extermínio dos humanos. O cineasta Stanley Kubrick já tinha imaginado uma situação do gênero em seu filme "2001 Odisseia no Espaço", mas as coisas agora poderiam acontecer em escala muito maior. Exagerado? Não, a possibilidade é real, sobretudo quando se sabe que entidades puramente matemáticas como os algoritmos decidem milhões de transações financeiras a cada segundo.
As coisas que nos ameaçam
A seguir, na lista, estão os ataques cibernéticos, uma onda de atentados terroristas digitais capazes de embaralhar absolutamente tudo, do fornecimento de energia às comunicações, dos transportes às redes de computadores. Logo depois a lista das ameaças cita-se o risco de uma infecção bacteriológica mundial, uma peste criada em laboratório que vá parar nas mãos de um louco niilista, um ditador sanguinário ou os comandantes de uma guerra civil fratricida. Há também a possibilidade de uma pandemia, o surgimento de um vírus resistente a todo antibiótico que nenhuma vacina poderá curar.
Outras ameaças para a humanidade aventadas nesse encontro de cientistas do Centro Cambridge: uma sabotagem da cadeia alimentar; condições atmosféricas extremas provocadas pelas mudanças climáticas, com consequentes inundações, furacões, terremotos; um ou mais asteroides que se chocam com a Terra; para encerrar, a sempre presente hipótese da guerra termonuclear, ou química, ou até mesmo convencional se combatida com a devida intensidade.
"Vivemos num mundo cada vez mais interconectado, cada vez mais tecnológico e dependente da web", afirma lord Rees, ex-presidente da Royal Society e um dos promotores do encontro. "A nós ocidentais o mundo atual pode parecer mais seguro do que jamais foi no passado, mas a verdade é que nosso mundo é muito mais vulnerável agora do que parece. E já que os líderes políticos estão concentrados apenas nos problemas de curto prazo, é necessário que alguém sugira à opinião pública internacional quais são os perigos mais realistas e com quais meios seria possível impedi-los".
Os cientistas do grupo de Cambridge não são, no entanto, pessimistas: permanecem otimistas, apesar de tudo, convencidos de que o homem dispõe de recursos para sobreviver e enfrentar qualquer ameaça. Mas ao mesmo tempo advertem que os riscos mais graves, para o nosso planeta, hoje não provêm do cosmos ou da natureza, mas sim da ação do próprio homem. "O fim do mundo não é um roteiro de cinema", adverte o astrônomo Rees. E o final feliz, diferente do que acontece nos filmes, depende dos espectadores. De todos nós.
Elenco dos atores do apocalipse:
A tecnologia inteligente – Uma rede de computadores poderia se tornar uma "mente" e utilizar seus recursos para atingir os seus próprios objetivos, às custas das necessidades humanas.
Os cyber ataques – As redes de energia, o controle do tráfego aéreo e das comunicações estão hoje sob o comando de sistemas de computadores interconectados. Se esses networks forem destruídos pela ação de terroristas, isso representaria o colapso da nossa sociedade.
O bioterrorismo – Um super vírus criado pelo homem ou uma bactéria escapada de um laboratório ou liberada por terroristas poderia causar a morte de milhões de pessoas.
A falta de alimento – Graças às mega redes de distribuição, muitas nações ocidentais possuem reservas de comida suficientes para 48 horas. Qualquer interrupção nos fornecimentos causaria revoltas populares e aquisições maciças ditadas pelo pânico.
O asteroide – O impacto de um grande asteroide com a Terra destruiria a espécie humana. Isso já ocorreu no passado remoto, causando, como tudo leva a crer, a extinção dos dinossauros.
O clima – Visto que a temperatura média da Terra continua subindo, poderemos chegar nas próximas décadas a um ponto crítico no qual os desastres naturais sofreriam uma piora irreversível.
As pandemias – Devido às viagens internacionais, um novo vírus assassino, surgido a partir de mutações genéticas de vírus animais, poderia se difundir em todo o mundo em poucos dias.
A guerra – O aumento das populações, sobretudo nos países pobres e nos em via de desenvolvimento, poderão esgotar as reservas de comida e de água potável. Para se apoderar dos bens necessários, muitas guerras poderiam ser desencadeadas.
O apocalipse nuclear – No caso do emprego da bomba atômica por um país, poderia ser desencadeado um conflito mundial. Ogivas nucleares poderiam cair nas mãos de terroristas.