sábado, 7 de março de 2009
O dia inatingivel
O dia inatingivel
Rogel Samuel
Um dia ele saiu de sua toca, digo, de seu pequeno apartamento e começou a andar pelo corredor imundo do caos daquela cidade.
Era o anoitecer do ultimo dia. Chovia. Não demorou estava fora da área urbana. Havia ameacas por todo lado, policiais armados, mulheres sujas, vozes aterradoras. Não pôde compreender tudo, mas, como não saía de casa há muitos anos, pensou que tudo poderia estar assim desde sempre.
Grande Episódio.
Procurou um bar, pois estava com sede.
Entrou, pediu um copo, e bebeu.
O rapaz do bar perguntou:
- Com quê vai pagar?
Ele estranhou a pergunta, mas respondeu:
- Com dinheiro.
- Com que dinheiro, quis saber o rapaz.
Aí ele não soube mais o que responder. Imaginou que o mundo mudara, e que aquelas velhas células jah não valiam nada. Resolveu arriscar:
- Veja, respondeu, exibindo o dinheiro.
À vista daquelas coisas, o rapaz do bar desmaiou e caiu, o dia amanheceu, as luzes se acenderam nas árvores e parou de chover.
Só então ele reparou que exibira, por engano, suas cartas de amor.
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2 comentários:
Parabéns pelos feitos literários e pelo Blog. Beijos saudosos. Suelen Ramos
Espero vê-la sempre por aqui, minha querida afilhada, beijos, do Rogel
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