quarta-feira, 17 de junho de 2009

Índio do Brasil




Índio do Brasil

Rogel Samuel


Li que "O primeiro monumento a uma mulher foi um busto construído em 1919 em homenagem feita à Clarisse Índio do Brasil, que morreu vítima de violência urbana, no Rio de Janeiro" (www.armazemdedados.rio.rj.gov). Ela foi assassinada por um desconhecido, dentro do automóvel do marido, em plena Av. Rio Branco. O marido estacionou o carro, foi à farmácia. Quando voltou a encontrou morta a tiro.

Dona Clarisse era avó da escritora Clarisse de Oliveira e sua vida foi extraordinária.

Muito rica, tia do Conde Lage, dono do Parque Lage, onde morava. D. Clarisse vivia numa chácara na Voluntários da Pátria, com um batalhão de empregados. Antes, abandonou a família para casar-se com o Almirante Índio do Brasil, que era meio índio, bem moreno (aparece na foto, a direita, na primeira fila). Este almirante foi um político importante no Brasil, e como tal aparece na Enciclopédia Larousse. Foi governador do Pará e creio que senador. Existem ruas e praças com o nome do almirante em Porto Alegre, no Bairro Tristeza; e no Rio, em Botafogo, onde havia um ancoradouro. O Almirante está na origem da estátua do Cristo Redentor, no Rio, pois fazia parte da comissão (na foto) que decidiu a forma da estátua. Na época Silva Costa foi à Europa, a fim de fazer a maquete do monumento. Formou-se, então, a seguinte comissão executiva: presidente efetivo, Dom Sebastião Leme, arcebispo coadjutor; 1º vice-presidente, mons. Gonzaga do Carmo; 2o dito, senador Almirante Índio do Brasil, etc.

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