quarta-feira, 10 de junho de 2009

Omar Khayyam




Omar Khayyam

Rogel Samuel

Sonhava enquanto a mão esquerda do amanhecer estava no céu
quando ouvi voz dentro do ruído da taverna
"Desperte, meu filho, e encha a taça
Antes que o Licor da Vida em sua taça esteja seco."

(Versão inglesa de Edward FitzGerald. Língua original Persian/Farsi. Trad. R. Samuel).

Desperte e beba antes que o fio da vida se seque. A vida curta, o vinho pouco, não durma, não há tempo para dormir: a morte o acorda, o adverte. O dia nasce, há pouca existência no ar. Encha a sua taça da licorosa vida antes que a Morte a beba.

Khayam (Século 11) seria o que hoje se chama iraniano. É um poeta que sobreviveu ao tempo, pela rapidez e força de sua poética, pela profundidade de sua metafísica, pela simplicidade. Muito traduzido no Brasil. Mas está a exigir uma tradução da língua original.

Seus versos podem ser gravados na pedra dos templos, ou em cartas de amor, onde o licor da vida nunca seca.

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