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Omar Khayyam (Século 11)
Rogel Samuel
O tema é a morte, não a taverna. Não o prazer. Khayyam obcecado pela morte, quanto tempo ainda temos de vida, quanto temos ainda nos calendários da morte? Por isso de pé ainda, não tardemos, voltemos à taverna para cantar e beber talvez os últimos copos, para cantar as nossas últimas canções, pois após sairmos dali talvez nunca mais retornemos, nossas saídas poderão ser definitivas, e ali beberemos nossas últimas bebidas, e ali cantaremos nossas últimas canções...
E, quando o galo canta, os que estavam de pé
Na taverna gritam--"Abra a Porta!
"Você sabe quão pouco tempo ainda temos para estar,
"E, quando sairmos, talvez nunca mais voltemos."
Versão inglesa de Edward FitzGerald, Língua original Persian/Farsi, Trad. R. Samuel
2 comentários:
Amigo, estou acompanhando a sequência de tradução dos poemas de Omar. São grandes lições. Peças raras.
Agradeço pelos textos.
Um abraço.
obrigado pela leitura, amigo, Khayyam era um poeta-filósofo, talvez pouco conhecido com essas traduçoes que uso. Geralmente ele é conhecido como amante das tavernas e bebidas. Mas na realidade penso que aí está o ponto: a morte está sempre presente, sem pressente ele a morte, seu tema não é o prazer, mas a morte sempre próxima.
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