quarta-feira, 8 de julho de 2009
A imprensa vive de escândalos?
A imprensa vive de escândalos?
Rogel Samuel
(Na foto, a certidão de óbito de MJ: negro, divorciado, músico).
Assisti ontem a um curioso espetáculo na TV. Num dos mais conceituados canais de TV a cabo, à noite, o âncora perguntou ao entrevistado:
- Você acha que santificaram Michael Jackson depois de morto? Esqueceram tudo que ele fez de errado?
- Sim, respondeu o outro. Agora só vêem o músico, não o homem... e por aí foi o ataque.
Acontece que:
1. Jackson foi absolvido por falta de provas das acusações de pedofilia etc. (não para a media, que nunca o perdoou).
2. Jackson não traiu o movimento negro ao se tornar branco: um dos primeiros direitos individuais que existe é o “direito de si”. Ou seja: você tem o direito de mudar a cor do cabelo, colocar ou não um brinco na orelha, fazer uma plástica, uma dieta, etc. Todos nós temos o sagrado direito de fazer o que quisermos com nosso corpo, ate nos matar.
3. Quem deve ser acusada é a sociedade racista americana da época de Jackson, pois se ele se “embranqueceu” é porque queria ser aceito como grande astro por todas as pessoas.
Por que continuam acusando MJ?
É sintomático que a polícia de Los Angeles tenha tantas vezes perseguido o astro. Seu rancho foi destruído por ela: até o carpete foi arrancado para se “descobrir” algo suspeito, como um subterrâneo. Nada se descobriu.
Depois de morto, a polícia invadiu a casa de MJ em busca de algo “suspeito”. Descobriu remédios. Que Jackson tomava. Seus remédios pessoais.
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3 comentários:
Rogel, confesso que fiquei de boca aberta ao ver o espetáculo que foi criado para dar adeus a Michael Jackson. Todos ali chorando, falando e cantando, com transmissão ao vivo para todo o mundo... Realmente não me adequo a certos valores de hoje. Enfim...
Michael teve uma vida cheia de episódios curiosos, uma infância difícil e um comportamento que incomodou a muitos. É engraçado como as pessoas ditas normais se sentem ameaçadas quando alguém quer ser diferente e faz o que for preciso para isso.
A meu ver, foi o que ocorreu muitas vezes na vida de Michael.
Não cabe a mim e nem a ninguém julgar se o que ele fez da sua vida foi certo ou errado (aliás, o que é certo ou errado?). Ao menos torço para que as pessoas possam refletir sobre isso e busquem ser mais amorosas e aceitem que as diferenças fazem parte da vida.
Grande Abraço!
realmente amigo, foi uma grande homenagem... de repente um espetáculo na sociedade dos espetáculos... parecia entrega do óscar, do óscar da morte, em esquife de ouro...
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