terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CASTRINHO





POR CLARICE DE OLIVEIRA



Vi o ator Castrinho pedindo informções sobre o paradeiro de parentes seus.
Minha lembrança voltou ha anos atrás em que houve uma chuva terrivel sobre o Rio de Janeiro, que destruiu residencias nas encostas da Barra da Tijuca, na Av. Niemayer e muitos lugares do Rio.
Soube que Castrinho socorreu vários refugiados, até levando colchões para os necessitados.
E a recordação de momentos felizes, foi infalivel.
Castrinho é um Mestre no jogo Chinês de Majong.
Eu joguei Majong com ele e nunca soube de alguém que jogasse com a maestria dele.
Seus pais, Sêo Geraldo e D. Yolanda, eram pessoas agradabilissimas, que
tornavam o ambiente de reunião em algo inesquecivel...
O pai de Castrinho, foi um grande pintor: gostava do mar e dos barcos sobre a areia da praia: um dos lugares preferidos de Sêo Geraldo, foi a
praia de Nazareth, em Portugal.
A casa de Castrinho na Vargem Grande, para mim era um deleite; havia sempre uns queijos do tamanho de uma roda de automovel, dos quais D. Yolanda, mãe dele, me cortava uma fatia, eu, que adoro queijo... e eu pensava: - Um dia, terei uma casa de campo com um queijo desses...
Hoje, tenho minha casa de campo, mas minhas posses dão somente para um queijo do tamanho de um prato raso.
Um dia, fomos, os pais de Castrinho, ele,eu, visitar uma casa japonesa construida por um brasileiro: a medida que a Vida permitia, o proprietario, esticava mais um comodo da casa, que era numa montanha;
então, ora era uma subida, ora uma decida... ora um plano... e era tão
engraçado, que eu não parava de rir... E esse passeio, proporcionou uma
das melhores performances de ator de Castrinho: - na volta, Castrinho imitou todos nós... imitou a mim, com as minhas risadas, o pai dele batendo com os nós dos dedos nas paredes de madeira... nunca vou esquecer... Nunca vou esquecer esse tempo, que agora está emoldurado na
Recordação, que é a memória da Terra, amanhã sua Alma e mais além, seu
Espirito, para os Arqueologos Esotéricos, que tentam recompor as Idades
até fazendo-as passar pelas Dimensões Imaginarias de Tempos que fogem à
sua Perspicácia de Observação dos Mundos Inatingíveis pelos que estão
presos à provação na Existencia da Carne.
clarisse

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