segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Padtmos, 2




Padtmos, 2

Rogel Samuel


Traduzo agora a segunda estrofe do poema de Holderlin da tradução do inglês, de James Mitchell.


Padtmos

para o Conde de Homburg

O deus
Está próximo, e difícil de tocar.
Mas onde há perigo,
Um elemento salvador também cresce.
Águias vivem na escuridão,
E os filhos do Alpes
Atravessam o abismo sem medo
Em pontes ligeiramente construídas.
Então, desde os ápices
De Tempo estão juntos, próximos,
E queridos amigos vivem perto,
Crescendo fracos nas montanhas separadas—
Então nos dê águas tranqüilas;
Nos dê asas, e as mentes leais
Para atravessar e retornar.

Assim eu falei, quando mais rápido
Que eu poderia imaginar um espírito
Me conduziu diante de minha própria casa
Para um lugar que pensei eu que nunca iria.
As florestas sombreadas e ansiosos
Riachos de meu país nativo
Estavam ardendo no crepúsculo.
Eu não pude reconhecer as terras
Atravessei, entretanto, mas de repente
Em esplendor fresco, misterioso
Na neblina dourada, emergindo depressa
Nos passos do sol,
Fragrante com mil cumes,
Ásia subiu diante de mim.

O deus, tão difícil de contatar, invocado no meio do caminho, como num sonho atende. Atravessar é retornar para si mesmo, perdido estava. Só os deuses possibilitam que os amigos separados vivam juntos. O poeta se vê lançado diante de si mesmo, diante de sua própria casa, onde "nunca pensei que voltaria" - vê o país natal, seus rápidos riachos ansiosos e as florestas escuras de altos pinheiros, tudo em ouro, o ouro puro do crepúsculo, tão luminoso que não pôde reconhecer - a Ásia.

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