quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Han-Shan
Mesmo de dentro da sua cabana ele sai, sobe a montanha. Lá fora há luzes vermelhas das cerejas. Pássaros. Flores. Alvorada. As nuvens se banham nos tanques. Ah, muita luz! Azul, verde.
Não aguento o chilreio dos pássaros
Neste momento estou deitado na minha cabana
As cerejas são de um vermelho vivo e luminoso
Os salgueiros direitos suas flores lãzudas
A alvorada traz na boca os picos azul-verdes
As claras nuvens banham-se no tanque
Quem sabe que eu saí do mundo da poeira
E avanço subindo o flanco da Montanha Fria?
Poema atribuído a Han-Shan (séc. VII ?), editado em O vagabundo do Dharma - 25 poemas de Han-Shan, versões poéticas de Ana Hatherly, sobre tradução do chinês de Jacques Pimpaneau, Lisboa, Cavalo de Ferro Editores, 2003, p. 76.
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2 comentários:
Bela postagem. A anterior que fez de Han-Shan (do dia 02) é também muito linda.
Estou acompanhando!
Abraços
Jefferson
obrigadissimo, amigo, por sua observação
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