Cântico da donzela infiel, presa ao cadafalso
UM POEMA DOS INCAS
Cântico da donzela infiel, presa ao cadafalso
Ó pai condor, agarra-me,
Irmão falcão, arrebata-me,
Anuncia-me à minha mãezinha.
Há já cinco dias
Que eu não como,
Que não bebo.
Pai, mensageiro,
Detentor dos sinais, mensageiro veloz,
Leva-me, leva a minha boca, o meu coraçãozinho,
Anuncia-me ao meu pai e à minha mãe.
Publicado por Huaman Poma de Ayala, século XVII
Tradução de lápis lazúli © a partir de versão francesa
Amélia Pais
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