terça-feira, 16 de março de 2010
PÉTER KÁNTOR
A felicidade
Rogel Samuel
O poeta hungaro reduz a felicidade a poucas coisas, como deve ser. Dois seres, queijo, vinho pão. Chuva, e chuva. Portanto intimidade, no quarto. Uma janela para ver e uma porta para sair. A felicida é suficiente.
DO QUE SE NECESSITA PARA A FELICIDADE ?
[MI KELL A BOLDOGSÁGHOZ ?]
Posto assim,
não muito:
dois seres,
uma garrafa de vinho,
queijo do país,
sal, pão,
um quarto,
uma janela e uma porta,
lá fora, que chova,
chuva de longos fios,
e claro, cigarros.
Mas, ainda assim, de muitas noites
apenas uma o duas vezes resulta,
como os grandes poemas de grandes poetas.
O mais é preparatório,
ou epílogo,
dor de cabeça,
ou espasmo de riso,
não se pode, mas deve-se,
é demasiado, mas insuficiente.
PÉTER KÁNTOR
versão de JLBG e Juan Carlos Mellidez
a partir da tradução castelhana de György Ferdinandy,
Maria Teresa Reyes-Cortés e Jesús Tomé
ENVIADO POR
Amélia Pais
http://barcosflores.blogspot.com
http://cristalina.multiply.com/
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