terça-feira, 25 de maio de 2010
A LUA BRANCA
A LUA BRANCA
Verlaine
A lua branca
luz sobre o bosque.
De cada ramo,
ouço uma voz
vem da folhagem:
Oh! bem-amada!
O lago reflete,
profundo espelho,
o vulto vago
daquele salgueiro
que uiva ao vento.
Sonhar é a hora...
Do espaço desce
uma entranhada
calma imprecisa
que do céu estrelado
a lua irisa.
A hora indecisa...
(Trad. livre de Rogel Samuel)
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
Tradução de Onestaldo de Pennafort
1
A lua branca
brilha no bosque.
De ramo em ramo,
parte uma voz que
vem da ramada.
Oh! bem-amada!
Reflete o lago,
como um espelho,
o perfil vago
do êrmo salgueiro
que ao vento chora.
Sonhemos, é hora...
Como que desce
uma imprecisa
calma infinita
do firmamento
que a lua frisa.
É a hora indecisa...
ORIGINAL:
La lune blanche
luit dans les bois.
De chaque branche
part une voix
sous la ramée.
O bien aimé[e]....
L'étang reflète,
profond miroir,
la silhouette
du saule noir
où le vent pleure.
Rêvons, c'est l'heure.
Un vaste et tendre
apaisement
semble descendre
du firmament
que l'astre irise.
C'est l'heure exquise!
Paul Verlaine (1844-1896) , no title, from La bonne chanson, no. 6, published 1870
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