17. A PANTERA (Rogel Samuel)
O mundo estava mudado quando chegamos ao Rio. Mesmo assim, tomei todos os cuidados para não chamar muita atenção sobre nós, e acabamos saindo novamente do país.
Fomos para Frankfurt.
Ao chegarmos, recebidos no Aeroporto por um amigo que trabalhava há muitos anos naquele país e morava na pequena cidade de Walldorf.
Depois de alguns dias em Walldorf passamos para Frankfurt, na Mendelson Strass, no apartamento de outro amigo.
Depois visitamos a estátua Germânia.
Meus amigos gostaram de Jara, e ela se deu bem com eles. Chegou a sorrir, coisa muito rara nela.
Um dia, fomos a Strasburg com Jara e eles no carro.
Havia uma chuva fina que molhava o chão das ruas e punha as folhas das árvores pensativas.
Meu avô, que era alsaciano, transbordou sua mulher e filho para um navio inglês que passava. O menino ficou em Strasburgo.
Ele cresceu perto da Catedral. Acordava ao som de seus sinos. A catedral, maior do que a própria cidade.
Lá esperei as 18 horas dentro da Catedral.
A primeira coisa que aconteceu foi abrir-se uma portinhola e dali sair um boneco mecânico, um esqueleto vestido de Morte, que martelou um sininho.
Aquilo ecoou por toda a nave.
Era o início da festa.
O grande sino da Igreja respondeu, solene, grave.
Às 18 horas o relógio funcionou. Os sinos badalaram, foi uma consagração.
Dias depois visitamos um castelo onde foi filmado “O nome da rosa”, que é uma vinícola.
Mas foi quando recebi um recado vindo do Brasil de meu tio Carlos.
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