terça-feira, 23 de junho de 2015
A SURUCURU (ROGEL SAMUEL)
A SURUCUCU (ROGEL SAMUEL)
As excelentes e raríssimas fotos de uma surucucu por Gisele Alfaia me fizeram lembrar de muitos fatos que passo a relatar.
A maioria das cobras foge ao sentirem nossa aproximação. Ao contrário da surucucu, que vem e ataca em grande velocidade.
ELA TEM 15 VEZES MAIS VENENO DO QUE UMA JARARACA E 30 VEZES MAIS QUE A CASCAVEL, DIZ CARLOS ROCQUE.
As serpentes eram causadoras do maior número de mortes no Amazonas. Meu pai, que viajou durante 40 anos pelo interior da mata, carregava sempre um kit contra cobra: um bisturi (para sangrar o local picado afim de que o veneno saia) e uma injeção antiofídica).
Ele contava o terrível fato de um lavrador japonês que cortou a perna de seu filho picado por cobra.
Mas uma simples aranha armadeira matou a esposa de um professor da UFAM que foi meu aluno no mestrado. A aranha estava dentro do sapato dela e não havia remédio adequado na região.
Como bom amazonense, até hoje no Rio de Janeiro eu bato os sapatos antes de calçar. E não meto a mão em gaveta vazia sem olhar. Mesmo assim já fui picado por uma centopeia pequena na minha própria sala. Foi no calcanhar, não doeu, senti como uma picada de agulha e o bichinho veio do jardim do prédio por uma passagem que depois descobri e tampei. Mas em São Paulo capital há um tipo de aranha marrom muito venenosa.
Quando pesquisei para escrever “O amante das amazonas” li cerca de cem livros, entre os quais havia sobre venenos de cobras, índios, arquitetura, história, memórias da Amazônia. Até hoje os leio.
Mas nunca tinha visto a fotografia colorida de uma surucucu como aquela.
Bravo, Gisele!
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