segunda-feira, 1 de junho de 2015

Calor extremo na Índia chega ao Himalaia


Calor extremo na Índia chega ao Himalaia
Em cidade no norte do país conhecida como 'capital da ioga', sensação é de extenuação

LUISA COELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM RISHIKESH (ÍNDIA)
Até no sopé do Himalaia, na cidade de Rishikesh --tradicional destino de turismo espiritual no norte da Índia--, se sofre com a onda de calor que já provocou mais de 2.200 mortes no país. Na última semana, os termômetros chegaram a marcar 46°C.
"Extremo e atípico", registrou um aplicativo de celular que monitora variações da temperatura local. A região costuma ser destino dos que fogem do calor da primavera indiana, mas neste ano não foi poupada.
As tardes são o momento mais quente do dia, e é tarefa árdua andar pelas ruas sob o sol forte. Ambientes fechados tampouco se salvam, devido aos frequentes cortes de energia, que desligam ventiladores, aparelhos de ar condicionado e geladeiras.
A falta de eletricidade também ocorre à noite. Embora as temperaturas sejam mais amenas então, não há trégua para quem tenta dormir.
Para aliviar o calor, as pessoas recorrem às águas geladas do rio Ganges, que chega a Rishikesh pelas montanhas. Em um dos cursos de ioga oferecidos na cidade, conhecida como a capital da atividade, a maior parte dos alunos já ficou doente.
As queixas são as mesmas: diarreia, cansaço e febre, sinais de desidratação, que também podem ser fruto da ingestão de alimentos mal conservados. Sem energia elétrica, tem sido comum comprar algo direto da geladeira em um mercado local e sentir a diferença de sabor.
Para moradores e comerciantes, a situação é anormal.

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