VLADIMIR SOLOVIEV
POEMA
VLADIMIR SOLOVIEV
(Moscou, 1853-1900)
Amada criança, você não vê
Que tudo que percebemos
Reflexo é, como uma sombra
Do invisível para nós?
Criança amada, não compreende você
Que da vida cotidiana o seu fracasso
É o deformado eco
Das triunfantes harmonias?
Amada criança, você não sente
Que o que importa nesta Terra
É aquilo que um coração diz a outro,
Sua mensagem silenciosa?
(Trad. Rogel Samuel)
Um comentário:
Creio que o poema é muitíssimo bom.
Mas a tradução não consegue dar uma pálida imagem da sonoridade e do ritmo que seria necessário tentar transpor para a língua portuguesa. Mesmo assim, bem haja pela tentativa e pelo resultado!
Avelino de Sousa
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