segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

EMILY BRONTË






O LAGO MORTO


(Enviado por Amelia Pais)


O lago morto, o céu cinzento ao luar;
Pálida, lutando, coberta pelas nuvens,
A lua.

O murmúrio obstinado que cochicha e passa
(Dir-se-ia que tem medo de falar em alta voz).
Tão triste agora,
Recai sobre meu coração,
Onde a alegria morre como um rio deserto.

Minhas pobres alegrias...
Não as toqueis,
Floridas e sorridentes.

Lentamente, a raiz acaba de morrer.




Emily Brontë, 1846
(Tradução de Lúcio Cardoso)

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