O poeta Humberto de Campos
Rogel Samuel
Conta no “Diário secreto” Humberto de Campos que
seu projeto de vida literária era outro, ele sonhava em realizar uma obra
poética e crítica, vasta e uniforme, cujas bases foram fundadas pelo seu livro “Poeira”
que tanto sucesso alcançou no Brasil e em Portugal.
Mas as obrigações da família o fizeram dedicar-se à
imprensa, onde ele passou a escrever os contos e crônicas, miúdas e humorísticas,
e que o popularizaram e que foram publicados em vários livros de alta vendagem,
dando-lhe dinheiro e fama, fazendo-o deputado e membro da Academia.
Se ele tivesse ficado com seu versos e ensaios não
teria conseguido ser o escritor mais lido do Brasil de seu tempo.
O mesmo aconteceu com Coelho Neto, que queria ser
historiador e não jornalista, contista, cronista e depois romancista, tendo de
escrever mais de 100 livros para ganhar a vida.
NOTA: Na foto o edifício do Largo do Machado (n.
21) morou Humberto de Campos no fim da vida. Chamava-se na época "Palácio
Rosa". O escritor morreu em 1934, num hospital. Foto de R. Samuel, via
celular.
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