quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CRÔNICA ANTIGA

Onde andará o poema?


Rogel Samuel


Estou numa Lan-house, um pouco quente, e vim ao blog para dar conta de uma coisa: minha postagem diária.

Rubem Braga produzia suas melhores crônicas quando não tinha assunto. Ele era o mestre. Um dia entrou pela manhã, bêbado, na nossa faculdade de letras. Entrou na biblioteca, falava alto.

- Vocês têm meus livros? gritou.

Ivete, a diretora da Biblioteca, mandou que os serventes expulsassem aquele bêbado.

- Mas é o Rubem Braga, dissemos.

E fizemos uma roda em torno dele e ele falou de sua vida particular, íntima, desabafou, quase chorou, contou coisas que não se podem publicar.

Quando eu o chamei de Embaixador, ele se irritou. Ele tinha sido Embaixador do Brasil, recente.

No fim apaixonou-se por nossa colega e minha amiga até hoje, Maria Alice Capucci, que é uma loura belíssima.

Escreveu um poema para ela. Onde andará o poema?

2 comentários:

Luiz Filho de Oliveira disse...

Que legal, Rogel; conhecer Rubem Braga! Nossa, ele fez parte da minha formação como leitor. Lia uma coluna sua num caderno de domingo de um jornal local. Inclusive, no meu livro "Onde Humano", fiz um poema que se refere àquela crônica dele a respeito da perda de uma sua agenda. Ah, que saudade da crônica e do poema braguianos!

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

ele é um clássico, amigo