Rogel Samuel: Avenida Brasil
Quando chegamos no Rio, entrando pelo portal da Avenida Brasil, parece que chegamos no Iraque em guerra: fábricas fechadas, janelas quebradas, lixo no chão, pó como pólvora, telhados desabados, cumeeiras expostas, esqueletos de prédios decadentes, calçadas em ruínas, o deserto de uma cidade sem vida, de uma cidade arruinada, dizimada pela guerra dos pichadores, dos horrores, dos pavores, dos horrores do mal.
Como cantavam os índios do Amazonas:
“Comerei teu corpo no crânio da tua cabeça
Sobre tuas cinzas dançarei
E exultarei!”
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