Os dois trocavam apelidos carinhosos: Enquanto Drummond chamava Maria Julieta de “julica”, “filha amada” e “filhareca”, Julieta retribuia com “Cacá”, “papai querido” e “poeta amado”.
Cartas de Julieta para Drummond
15 de Junho de 2012
Carlos Drummond de Andrade teve apenas uma filha: Maria Julieta. Como pai, Drummond era só amores com a menina. A única coisa que sempre atrapalhou os dois foi a distância geográfica. Para matar um pouco da saudade, os dois trocaram cartas durante toda a vida. Resgatadas pela atriz Sura Berditchevsky, essas cartas foram inspiração para o monólogo Cartas de Julieta e Carlos Drummond de Andrade, que estreia neste sábado, dia 16.
A distância entre os dois começou a surgir quando Julieta ainda era pequena e passava as férias com a família em Minas, enquanto Drummond trabalhava no Rio de Janeiro. Um pouco mais velha, a menina entrou para o Movimento Bandeirante e as viagens pelo Brasil viraram rotina. A distância entre os dois aumentou ainda mais quando Julieta se casou, em 1949, e foi morar em Buenos Aires. Para matar a saudade entre o pai e a filha, as cartas. Veja abaixo uma delas, escrita quando a menina tinha apenas oito anos.
“Cacá”, aliás, era apenas um dos muitos apelidos carinhosos que Drummond e Julieta se davam. Enquanto a menina chamava o pai de “Cacá”, “papai querido” e “poeta amado”, o escritor correspondia com “Julica”, “filha amada” e “filhareca”.
A próximidade dos dois foi mantida até durante a morte. Julieta faleceu no dia 5 de agosto de 1987 e, apenas 12 dias depois, Drummond teve uma série de problemas cardíacos e também veio a falecer. Os dois foram enterrados no mesmo túmulo.
As relíquias foram guardadas por Pedro Augusto, neto do autor e filho de Julieta, e estudadas por Sura Berditchevsky para a realização da peça. Em entrevista à Folha de São Paulo, a atriz comenta que “as cartas trocadas na época em que Julieta era criança demonstram uma relação de afeto, de respeito desse pai com essa filha e mostram a maneira como ele vai dando possibilidades para ela ir para o mundo, para virar gente”.
A peça estará em cartaz entre os dias 16 de junho e 29 de julho no Teatro Eva Herz, em São Paulo, sempre aos sábados (17h) e domingos (15h). O monólogo também será apresentado na Feira Literária de Paraty (Flip), que esse ano irá homenagear Carlos Drummond de Andrade.
A distância entre os dois começou a surgir quando Julieta ainda era pequena e passava as férias com a família em Minas, enquanto Drummond trabalhava no Rio de Janeiro. Um pouco mais velha, a menina entrou para o Movimento Bandeirante e as viagens pelo Brasil viraram rotina. A distância entre os dois aumentou ainda mais quando Julieta se casou, em 1949, e foi morar em Buenos Aires. Para matar a saudade entre o pai e a filha, as cartas. Veja abaixo uma delas, escrita quando a menina tinha apenas oito anos.
“Cacá”, aliás, era apenas um dos muitos apelidos carinhosos que Drummond e Julieta se davam. Enquanto a menina chamava o pai de “Cacá”, “papai querido” e “poeta amado”, o escritor correspondia com “Julica”, “filha amada” e “filhareca”.
A próximidade dos dois foi mantida até durante a morte. Julieta faleceu no dia 5 de agosto de 1987 e, apenas 12 dias depois, Drummond teve uma série de problemas cardíacos e também veio a falecer. Os dois foram enterrados no mesmo túmulo.
As relíquias foram guardadas por Pedro Augusto, neto do autor e filho de Julieta, e estudadas por Sura Berditchevsky para a realização da peça. Em entrevista à Folha de São Paulo, a atriz comenta que “as cartas trocadas na época em que Julieta era criança demonstram uma relação de afeto, de respeito desse pai com essa filha e mostram a maneira como ele vai dando possibilidades para ela ir para o mundo, para virar gente”.
A peça estará em cartaz entre os dias 16 de junho e 29 de julho no Teatro Eva Herz, em São Paulo, sempre aos sábados (17h) e domingos (15h). O monólogo também será apresentado na Feira Literária de Paraty (Flip), que esse ano irá homenagear Carlos Drummond de Andrade.
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