terça-feira, 26 de junho de 2012

TEATRO AMAZONAS, NO BLOG DO ROCHA

TEATRO AMAZONAS, O ROMANCE DO ROGEL SAMUEL


Junte o nosso glorioso Teatro Amazonas, uma monumental construção no
coração da Amazônia; o latino romanicus, a descrição de ações e
sentimentos de personagens fictícios, numa transposição da vida para
um plano artístico e, o consagrado escritor, historiador e poeta
amazonense Rogel Samuel, resultado: um livro gostoso de ler, um
passeio romântico sobre o nosso passado, mostrando os meandros da
construção do soberbo TA.

Semana passada, o carteiro bateu a minha porta e, entregou-me um
envelope, dentro dele continha um livro com a seguinte dedicatória:
“Para José Martins Rocha, o grande amigo de Manaus, e assim, meu irmão
de história, com a homenagem do Rogel Sanuel, 2012”.

Quanta honraria, sou apenas um cara metido a blogueiro, não sou
historiador ou pesquisador, mas, amigo de Manaus, sou com certeza.
Quem sabe um dia, quando eu estiver mais maduro e preparado, possa
escrever um livro e, retribuir ao nobre Rogel.

O Rogel é polivalente – amazonense de Manaus, radicado no Rio, é
poeta, escritor, webjornalista, colunista de Blocos Online, de Entre
Textos, doutor em letras, professor aposentado da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, autor de Crítica da Escrita, Manual da Escrita,
Literatura Básica, O que é Teolit?, 120 Poemas, o Amante das Amazonas
e Teatro Amazonas, além de ter escrito centenas de artigos em revistas
e jornais.

Na capa do referido livro, consta um resumo do romance Teatro Amazonas
“é uma obra que conta a história de uma das mais opulentas casas de
espetáculo do País, o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de
1896 e, dentre outras características, redimensiona o papel de Fileto
e Thaumaturgo na história do Amazonas. O livro permite mergulhar em
detalhes da Manaus do final do século XIX e início do século XX. A
vida em Manaus era exuberante, elegante e rica, e bem alegre, já
naquela época. Era o início do apogeu de uma sociedade que enriquecia
rapidamente, com a extração da borracha”.

Vamos viajar um pouco no livro – “Natal de 1900 – “Francisco Ferreira
Lima Silva naquela escura noite vinha subindo a escadaria do
impressionante palacete onde morava Waldemar Scholz e que muitos anos
depois foi transformado no Palácio Rio Negro, sede do Estado do
Amazonas. Para o natal só, Sholz convidara para a ceia um grupo
seleto: Lima Silva, o maestro Adelelmo do Nascimento, Antônio
Bittencourt e poucos outros. Era uma escura noite de Natal de 1900,
pouco depois da morte do governador Eduardo Ribeiro, em circunstâncias
misteriosas. Eduardo Ribeiro foi o construtor do Teatro Amazonas. Foi
o construtor de Manaus. Quando saiu do palacete Scholz já de
madrugada. Lima Silva foi para a casa de Marinalva. Ela não estava.
Ordenou ao taxi que o levasse a Praça de São Sebastião. Em frente ao
Teatro Amazonas parou e saltou. A igreja já estava fechada e a praça
vazia. Ele sentou-se na escadaria do Teatro. De longe, de bem longe,
dos limites da fímbria do horizonte, apareceu um vento úmido e morno,
vindo da floresta, que passou como um fantasma, uivando nas alamedas
do Teatro. Era a morte do Eduardo Ribeiro. A morte de tudo.”

Parabéns ao Rogel Samuel pelo excelente livro, com certeza, ele fará
muito sucesso na nossa cidade. É isso ai.

--
JOSE MARTINS ROCHA
www.jmartinsrocha.blogspot.com

"O autor Rogel Samuel cita numa das passagens do seu livro romance
“Teatro Amazonas” que, em 1900, em Manaus, um dos personagens pega um
“taxi” e, ordena que o motorista siga até a Praça de São Sebastião –
ora, sabemos que este termo foi utilizado a partir do momento da
criação do taxímetro e, este foi criado no início do século XIX, pelo
alemão Wilhelm Bruhn, portanto, faz sentido, mesmo sabendo que em
Manaus não se utilizava este termo naquela época - o livro não é de
pura história, mas, um romance, sendo assim, o autor pode narrar da
forma que lhe convier a sua criatividade".

Abraços,
Rocha

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